Foto: Daniel Corrêa/divulgação
O vereador de Caxias do Sul, Rafael Bueno (PDT), fez discurso contundente, no final da sessão desta terça-feira (9), na Câmara Municipal, afirmando que há irregularidades na administração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central, e pedindo providências do poder Executivo.
Segundo o parlamentar, ao invés de o InSaúde, empresa terceirizada que administra o local, contratar funcionários para suprir carência de pessoal, “estariam sendo pagas horas extras para os profissionais da enfermagem”, disse Bueno.
“O que acontece é que, pelo contrato vigente com o município, quem paga horas extras é a prefeitura e não a terceirizada. Ou seja, pagamos duas vezes o atendimento de pelo menos 30 profissionais”, denunciou, durante a plenária.
Conforme o pedetista, o Conselho Regional de Enfermagem (COREN-RS) realizou visita técnica à UPA Central recentemente e constatou que estão faltando 18 enfermeiros e 12 técnicos de enfermagem.
“O COREN e o SindiSaúde estão recebendo diversas denúncias de assédio por parte de algumas chefias. E a maioria desse pessoal que está saindo do InSaúde e da UPA Central está entrando na justiça, e ganhando, por que estão comprovando. E quem que está pagando todas essas ações trabalhistas? O município de Caxias do Sul”, salientou o parlamentar.
Bueno explicou que a empresa terceirizada tem um contrato médio mensal de R$ 2 milhões para folha de pessoal, estrutura e serviços, mas, com aditivos e reajustes, hoje se somam R$ 600 mil a mais, sem contar passivos trabalhistas. Ele defendeu que, se seguisse sob controle do município, esse gasto seria de R$ 3,6 milhões ao mês.
“O que mais me preocupa foi a precarização do serviço público durante o período da terceirização. No antigo Postão, com serviço exclusivamente mantido pelo município, com todas suas dificuldades e erros, o atendimento funcionava muito melhor. […] O que está acontecendo hoje é insustentável. O contrato do InSaúde está para vencer, e eles fazem o que querem e o município com medo de cobrar por que podem deixar na mão”, relatou.
A reportagem do Portal Leouve entrou em contato com a Secretaria da Saúde para saber o posicionamento do município. A pasta respondeu às falas do vereador por meio de nota, às 10h01min desta quarta-feira (10).
De acordo com o comunicado, “o contrato de gestão da UPA Central pelo Instituto Nacional de Pesquisa e Gestão em Saúde (InSaúde) é fiscalizado pela Secretaria”, em um trabalho realizado por servidor que controla as metas assistenciais estipuladas em contrato entre a UPA e o InSaúde. A pasta argumenta que eventuais inconsistências apontadas nesses relatórios são apuradas e podem resultar em penalizações, previstas em contrato.
A nota explica, também, que o pagamento de horas extras refere-se a profissionais médicos, e que a medida seria necessária “para ampliar escalas de atendimento nos dias de alto movimento na UPA uma vez que a média de atendimentos tem chegado a 600 ao dia em dias de grande procura (a média é de 330).”
Segundo a Secretaria da Saúde, a contratação de profissionais é realizada pelo InSaúde por meio de edital de chamamento e processo de seleção, baseado em critérios comumente adotados. “Enquanto o quadro não é preenchido, o pagamento de horas extras é previsto em contrato para garantir a manutenção das escalas. O processo de contratação segue os trâmites previstos. Desde maio/2022 não há desembolsos para pagamentos de horas extras por aditivos de contrato, uma vez que o quadro médico fixo foi ampliado”, diz.
“A Prefeitura de Caxias do Sul, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), esclarece as informações manifestadas pelo vereador Rafael Bueno em pronunciamento na Câmara Municipal na terça-feira (09/05) e também em entrevistas à imprensa.
O contrato de gestão da UPA Central pelo Instituto Nacional de Pesquisa e Gestão em Saúde (InSaúde) é fiscalizado pela Secretaria. Esse trabalho é realizado por um servidor da SMS, nomeado como fiscal, que realiza o controle das metas assistenciais estipuladas em contrato entre a UPA e o InSaúde, ou seja, o cumprimento de escalas médicas e o tempo-resposta para atendimento. Eventuais inconsistências apontadas nesses relatórios são apuradas pela Secretaria e podem resultar em penalizações, previstas em contrato.
O contrato atual de gestão da UPA Central é de R$ 2,6 milhões mensais, valor que inclui pagamento de pessoal, serviços prestados, compra de medicação, materiais e demais itens previstos. Em relação ao pagamento de horas extras mencionados pelo vereador, a SMS esclarece que refere-se a profissionais médicos (e não a enfermeiros), necessários para ampliar as escalas de atendimento nos dias de alto movimento na UPA, uma vez que a média de atendimentos tem chegado a 600 ao dia em dias de grande procura (a média é de 330).
A contratação de novos profissionais para atuação na UPA Central é realizada pelo InSaúde por meio de edital de chamamento de funcionários e se dá por processo de seleção pela equipe de recursos humanos do InSaúde, ou seja, não se trata de concurso público, mas de seleção conforme critérios comumente adotados (análise de currículo e entrevista). Enquanto o quadro não é preenchido, o pagamento de horas extras é previsto em contrato para garantir a manutenção das escalas. O processo de contratação segue os trâmites previstos. Desde maio/2022 não há desembolsos para pagamentos de horas extras por aditivos de contrato, uma vez que o quadro médico fixo foi ampliado.
A Secretaria Municipal da Saúde busca desde 2021 a habilitação da UPA Central junto ao Ministério da Saúde, solicitação que já foi negada mais de uma vez por falta de recursos. Na última sexta-feira (05/05), inclusive, o pedido foi entregue pessoalmente por representante da SMS à ministra da Saúde, Nísia Trindade, em Porto Alegre.”
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