Osetor industrial voltou a contratar e fatura mais do que antes da pandemia do coronavírus. Indicadores divulgados nesta terça-feira (6/10) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que em agosto o faturamento real ultrapassou o patamar do início do ano e também o do mesmo mês de 2019.
O faturamento, segundo a CNI, acumula um crescimento de 2,3% em agosto e de 37,8% desde maio. Já o emprego industrial registrou seu primeiro mês de crescimento em 2020: 1,9%.
O número chama atenção num momento em que o desemprego geral bate recordes. Entre a terceira e a quarta semana de agosto, o número de desempregados aumentou em mais de 1 milhão no Brasil e o total de desocupados chegou a 13,7 milhões de pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa subiu de 13,2% para 14,3%, a maior desde o início do levantamento, quando era de 10,5%.
Na comparação com agosto de 2019, porém, verifica-se uma queda de 2,9% no emprego industrial.
Pandemia teve efeitos
De acordo com o informativo, na comparação com agosto de 2019, o faturamento real da indústria cresceu 3,6%. Mas, como houve forte queda na atividade em março e abril, no acumulado do ano esse faturamento está 3,9% abaixo do registrado no mesmo período de 2019.
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As horas trabalhadas também não alcançaram o nível pré-pandemia. Apesar de um aumento de 2,9% em agosto na comparação com julho deste ano, com relação a agosto de 2019, há uma redução de 3,3%, e, no acumulado do ano, na comparação com igual período de 2019, a queda é de 8,2%.
As medidas de redução de salários e jornadas para ajudar as empresas a manter empregos durante a pandemia têm um forte impacto na massa salarial, que é a soma de todos os salários pagos aos trabalhadores. Em relação a agosto de 2019, esse indicador recuou 5%. Apesar disso, há uma retomada. Houve 4,5% de crescimento em agosto, na comparação com julho.
Outro indicador, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) da indústria de transformação traz números melhores. Aos 78,1%, a UCI está 0,8 pontos percentuais (p.p.) abaixo do percentual de fevereiro deste ano e 0,6 p.p. acima do apurado em agosto de 2019.
Fonte: Metropoles
