Mas quando o parlamento adota uma postura contrária à participação da sociedade nas discussões sobre a condução das políticas públicas, o caso precisa ser analisado com gravidade, porque esse é um total desserviço à democracia e, ao fim das contas, ao povo que elegeu seus representantes.
E esse me parece ser o caso acabado da revisão do regimento interno da Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves, aprovada ontem, que trocou o horário da única sessão semanal para o meio da tarde, criou a figura de um orador privilegiado na sessão e diminuiu o espaço para a manifestação dos vereadores.
E, diante disso, é preciso perguntar:
O que move os vereadores a querer diminuir os debates no parlamento?
Qual o interesse em prejudicar a participação da população nas suas sessões?
Estão querendo simplesmente calar a oposição?
Estão trabalhando pra eliminar as críticas ao governo?
Estão pavimentando o caminho pra consagração do pensamento único na Casa que deveria ser o lar da diversidade de opiniões?
A resposta pode ser dada nas urnas.
Mas a verdade é que os nobres vereadores respondem a essa incrível vocação centralizadora e autoritária da nossa cultura política.
O problema é que, enquanto eles beijam a mão dos governantes, esquecem que esse pensamento único só existe nas ditaduras. E o que fica claro é que os vereadores parecem esquecer que vivemos numa democracia, e que isso significa que o Legislativo também governa, e que os vereadores não podem ser meros carimbadores das vontades do Executivo.
Ao contrário. Os vereadores estão ali pra propor, sugerir, acrescentar e modificar.
Porque o maior risco para uma democracia é o descrédito do Legislativo, e uma Câmara que não se dá o respeito pode desestabilizar todo o processo democrático. E isso vale aqui, no estado e em todo o país.
Mas, infelizmente, os vereadores erram ao não escutar as demandas da sociedade e ao se omitir diante das críticas. E enquanto eles agradam aos poderosos de plantão e garantem seus cargos e influências, quem perde com isso é a população e a própria democracia.
Porque a população merece e precisa ser ouvida nas decisões que afetam sua vida. E porque isso só pode acontecer num parlamento que respeita e estimula a pluralidade das opiniões.
Caso contrário, o maior prejudicado é sempre o mais desfavorecido.
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