Hoje, a morte que o encontrou aos 83 anos inscreve definitivamente na história o homem que guardava a memória viva dos acontecimentos que transformaram a cidade e que inauguraram uma sociedade empreendedora, uma produção industrial pujante e um turismo voltado à gastronomia e ao vinho que fazem de Bento uma das maiores riquezas do estado e um dos principais destinos indutores do turismo brasileiro.
Moysés Michelon é um dos responsáveis por isso.
Um empreendedor nato e um homem de visão que eu aprendi a conhecer, a admirar e respeitar por essa trajetória rica e pela visão aguçada, por um entendimento claro do passado, uma consciência crítica e os olhos postos no futuro com a esperança e o otimismo de alguém que ainda tinha muito a fazer.
Nesses poucos anos na região, eu tive o prazer de entrevistar por algumas horas o senhor Michelon, e pude perceber a sabedoria de quem viveu o suficiente e plenamente, a tranquilidade de quem sabe o que realmente importa e a leveza de contar histórias e suas memórias como quem redescobre o mundo.
O homem que liderou indústria, presidiu entidades importantes, clubes esportivos e esteve à frente da primeira Fenavinho sempre como um visionário e um desbravador.
E ainda hoje, esteve sempre além de seu tempo.
O homem que nunca pensou em aposentadoria e ainda guardava nas gavetas de seu arejado escritório no prédio do hotel que fundou no coração do Vale dos Vinhedos uma diversidade de projetos que ainda queria ver implantados.
Para ele, trabalhar de segunda a segunda no hotel que fundou após vender a indústria que ajudou a forjar como líder no setor de alimentos sempre foi um prazer que nunca pensou em abandonar.
Das massas e biscoitos, passando pelo mundo da uva e do vinho até chegar ao da gastronomia, da hotelaria e do turismo, Moysés Michelon sempre foi um exemplo de dedicação a uma ideia além de seu tempo e ao compromisso de ver crescer a terra que adotou como sua.
O homem que guardava boa parte da história lembrava o passado, mas, principalmente, sempre projetava o futuro.
Hoje, ele entra definitivamente pra história.
Aos 83 anos, Moysés Michelon queria viver 100 anos. Agora, ele nos deixa a certeza de que vai viver, na memória, no legado e na história, esses 100 anos. E todos os outros.
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