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Ucrânia bate em retirada de Severodonetsk após um mês de batalha

A Ucrânia informou nesta sexta-feira, 24, que seu exército está se retirando da cidade de Severodonetsk, onde correram bombardeios e combates intensos com a Rússia por semanas. A retirada representa um revés significativo na luta para derrotar as forças russas.

O governador da província, Serhiy Gaidai, disse que os soldados na cidade já receberam a ordem de mudar para novas posições. “Permanecer em posições despedaçadas por muitos meses apenas para ficar lá não faz sentido”, disse Gaidai à televisão ucraniana, mas não indicou se já o fizeram ou para onde exatamente estão indo.

Os soldados “terão que bater em retirada”, afirmou.

Alguns dos combates mais pesados da guerra, que completa nesta sexta-feira quatro meses, ocorreram em Severodonetsk. Por meio de combates rua a rua por um mês, a Rússia conseguiu conquistar mais terreno. A região era fundamental para que Moscou ganhe controle sobre o último pedaço livre da província de Luhansk.

Lukansk, junto com Donetsk, compõe a região de Donbas, o coração industrial da Ucrânia.

A queda de Severodonetsk deixaria apenas Lysychansk – sua cidade irmã na margem ocidental do rio Siverskyi Donets – sob conhtrole ucraniano. Também nesta sexta-feira, contudo, a Ucrânia disse que as forças russas “ocuparam totalmente” Hirske, uma cidade ao sul da de Lysychansk.

Moscou afirmou ter cercado cerca de 2.000 soldados ucranianos na área, além de ter assumido o controle da vila de Mykolaivka, localizada perto de uma rodovia para Lysychansk. Isso deixa a última grande cidade controlada pela Ucrânia em Luhansk em perigo de ser cercada por três lados pelas forças de Moscou.

Desde não conseguiu capturar a capital Kiev no início da guerra, as táticas da Rússia envolvem bombardeios de cidades e vilas, seguidos de ataques terrestres. Apesar dos avanços no leste e no sul, analistas dizem que Moscou está sofrendo pesadas baixas e enfrenta problemas de liderança, suprimentos e moral.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia minimizou a importância da perda de mais território na região de Donbas.

“Putin queria ocupar o Donbas até 9 de maio. Estamos em 24 de junho e ainda lutando. Recuar de algumas batalhas não significa perder a guerra”, disse Dmytro Kuleba em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera.

O controle russo do Donbas permitiria a ligação com a já ocupada Crimeia ao sul, que Moscou anexou da Ucrânia em 2014.

Fonte: Veja

Alice Corrêa and Redação Leouve

Apaixonada pela comunicação. Além de comunicadora, também possui conhecimento amplo de operações técnicas em rádio e televisão, que foi seu primeiro contato com a comunicação. Atualmente no Grupo RSCOM atua como repórter e apresentadora na Rádio Viva, além de produzir conteúdos para o Portal Leouve e suas plataformas digitais.

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