Depois de idas e vindas em relação ao novo programa social do governo, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, disse nesta segunda-feira (16), que o Bolsa Família será reformulado. Mas sem previsão de recursos novos, mantendo os R$ 34,8 bilhões previstos para 2021. O ministro afirmou que as mudanças deverão ser anunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro no início de dezembro.
Sem consenso sobre a fonte de recursos para incluir os trabalhadores invisíveis até à pandemia do novo coronavírus, o que exigira corte em outros programas sociais, a estratégia é executar um plano mais tímido, mudando apenas a sistemática do Bolsa Família.
Serão incluídas questões de mérito, com premiação em dinheiro para famílias de alunos com bom desempenho escolar, e portas de entrada, como voucher para gestantes da baixa renda, e de saída, uma espécie de intermediação entre beneficiários e empresas que buscam trabalhadores.
O projeto prevê a migração do Bolsa Família para uma plataforma digital, com a inclusão de todos os beneficiários do Cadastro Único (CadÚnico) do Ministério da Cidadania e todos os auxílios pagos pelo governo federal a essas pessoas. A intermediação de mão-de-obra será feita via uso de inteligência artificial.
A ideia é aproveitar a experiência da Caixa Econômica Federal no pagamento do auxílio emergencial por aplicativo de celular. Oxyx afirmou que o programa já está pronto, faltando apenas o aval do presidente Jair Bolsonaro. Ele ainda afirmou que a falta de recursos não é problema.
A ideia é incluir algumas famílias consideradas mais vulneráveis do programa. Por isso, o orçamento subiu cerca de 18% para R$ 34,8 bilhões em 2021.
O programa atende 14,2 milhões de famílias, o equivalente a 20 milhões de pessoas. A estimativa é que pelo menos um milhão de famílias que recebem o auxílio emergencial possa ser incluída no Bolsa Família.
Fonte: O Globo