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Setor vitivinícola gaúcho alcança mudança na tributação do suco de uva no RS

Um dos maiores produtores e distribuidores de vinhos, sucos e espumantes do país, o setor vinícola vem sofrendo com as altas taxas na tributação dos produtos há muitos anos. No primeiro mandato do ex-governador do Estado, Eduardo Leite, foi encaminhada a eliminação da substituição tributária de vinhos e espumantes. Agora, entidades se reuniram pela mesma mudança relacionada ao suco de uva.

Em audiência pública ocorrida no mês de agosto com os setores vitivinícola, comissões de Assuntos Municipais e da Agricultura e Pecuária da Assembleia Legislativa, conduzida pelos deputados Eduardo Loureiro e Elton Weber, a pauta foi levantada sobre a necessidade de alterar o modelo de substituição tributária para o suco de uva. Lideranças do setor, produtores e vereadores de várias cidades da Serra gaúcha expuseram as dificuldades e pediram medidas de ajuda. “São 16 mil famílias produtoras, mais de mil vinícolas e 100 mil empregos diretos”, comentou Ricardo Molardi, presidente da Associação Gaúcha de Viticultores (Agavi). Um documento com todos os relatos obtidos na audiência esteve em formulação e foi entregue ao governo do Estado. Assim, no início do mês de outubro já vigora a eliminação da substituição tributária no produto.

O contador da Agavi, Marcelo Costa, relata de forma positiva essa conquista para o setor. Ele destaca dados específicos e de que forma ocorreu a alteração da tributação no suco de uva. “Esse encontro teve resultados positivos, pois a partir deste mês o suco de uva, que tinha tributação pelo regime de substituição tributária aqui no Estado e também, o protocolo com várias unidades da federação, ele sofreu uma alteração tributária, extinguindo a substituição tributária. Isso beneficia diretamente as vinícolas, que elas tem uma redução na sua necessidade de desembolsar esse imposto de substituição tributária de forma antecipada”. Ainda sobre a conquista do setor vinícola, Marcelo destaca os benefícios para todos os envolvidos desde o processamento do produto até o consumidor final. “O produto, de certa forma, ele chega ao consumidor final de forma mais barata. Vai beneficiar não só o produtor, que vai ter uma possibilidade de maior volume de vendas do seu produto, conseguindo colocar ele a um preço mais atrativo, vai beneficiar também o produtor de uvas que vai poder ter a tranquilidade de entregar essa uva para as vinícolas que vinificam. Quando tu simplifica a tributação, tu elimina essa necessidade de pagar a substituição tributária”.

Como coordenador da Comissão Interestadual da Uva e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bento Gonçalves, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira e Santa Tereza, Cedenir Postal, esse é um avanço significativo, ou seja, precisam de mais avanços. Ele ressalta que o imposto não é reduzido e que o produtor não sairá beneficiado com essa mudança. “A substituição tributária não reduz impostos, ela só muda a forma do recolhimento. Antes, as empresas recolhiam no ato da venda de toda cadeia até chegar no consumidor final, agora quem vai recolher vai ser os distribuidores, os atacadistas ou o mercado, e isso acabava onerando muito as empresas. Por outro lado não vimos nada de positivo para o produtor, pois com isso, o produtor poderia receber antecipadamente a sua produção mas os prazos de pagamento da uva ainda estão muito esticados. O produtor entrega sua uva e demora até um ano, quando não é mais para receber a sua produção”.

Cedenir ainda defende que o produto seja incluso na cesta básica gaúcha a fim de que o imposto seja reduzido. Além disso, outra demanda apresentada é a linha de crédito atrativa para as empresas, pois conforme o coordenador “se elas não conseguem fazer os pagamentos aos produtores, com linhas atrativas, se consegue recursos através do governo para que os produtores consigam receber”.

Alice Corrêa and Redação Leouve

Apaixonada pela comunicação. Além de comunicadora, também possui conhecimento amplo de operações técnicas em rádio e televisão, que foi seu primeiro contato com a comunicação. Atualmente no Grupo RSCOM atua como repórter e apresentadora na Rádio Viva, além de produzir conteúdos para o Portal Leouve e suas plataformas digitais.

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