O suicídio é um problema de saúde pública no Brasil e os casos têm crescido principalmente entre os jovens. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio já é a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, no mundo. No Brasil, já é a quarta maior. Dados da OMS apontam que 32 brasileiros se suicidam por dia.
Em Caxias os números também cresceram nestes primeiros seis meses de 2020 (em meio à pandemia) em relação ao mesmo período de 2019. Ano passado, de janeiro a junho, foram registradas 284 tentativas, contra 396 até junho deste ano. Mesmo com alto índice de jovens (125 tentativas em 2020), o município registra o maior número de tentativas de suicídio entre adultos (19 a 59 anos): 390 em todo ano de 2019 e 260 no primeiro semestre de 2020.
Ainda segundo os dados da SMS, em 2019, foram 26 homens e 10 mulheres que cometeram suicídio. Até 31 de agosto de 2020, o Município já registra 29 homens e 5 mulheres que tiraram a própria vida. De acordo com a faixa etária, em 2019, a maior concentração é de 50 a 59 anos (8 pessoas), seguido por 30 a 39 anos e 40 a 49 anos (cada uma com sete pessoas). Já em 2020, foram 10 registros entre 30 a 39 anos e 7 registros entre 50 a 59 anos. Em 2019, o mês com mais suicídios foi outubro (6) e, em 2020, foi fevereiro (11).
Nas tentativas, pode-se observar que as mulheres aparecem em maior número. Geralmente, o meio de tentar cometer o suicídio é o envenenamento. Já nas conclusões, os homens aparecem em destaque. O principal meio é o enforcamento/sufocamento/estrangulamento, seguido por disparo de arma de fogo.
A mobilização de combate ao suicídio pode ser feita de diversas formas. Seja com ações informativas em empresas, os órgãos públicos se iluminando de amarelo ou cada pessoa pode se mobilizar compartilhando informações sobre o movimento Setembro Amarelo nas redes sociais, levantando o tema em seus grupos e buscando informações confiáveis sobre o assunto.
“Não podemos deixar de debater e aprofundar esse tema em nossas famílias, escolas, comunidades, entre os amigos e, também na saúde pública. Todos temos a responsabilidade de ajudar a diminuir os índices que temos visto crescer em todas as faixas etárias. Estamos à disposição com os serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)”, informa a coordenadora Nivea Rosa.
Centro de Valorização da Vida (CVV) – www.cvv.org.br
O Centro de Valorização a Vida (CVV) começou as ações do Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio, que tem no dia 10 deste mês, o dia oficial de prevenção, porém, as ações ocorrem durante todo o mês, desde 2014. Dados oficias apontam que no Brasil, cerca de 14 mil pessoas tiraram a própria vida todos os anos. No mundo, esse número chega a 1 milhão de pessoas.
Cerca 96,8% dos casos estão relacionados a problemas mentais, como a depressão, o transtorno bipolar e o abuso de substâncias químicas ou medicamentos. Umas das voluntárias do CVV, Joceli Roncaeli, em entrevista ao Jornal da Manhã, da Rádio Jovem Pan Serra, comentou sobre as ações deste mês e de sua importância.
Ela diz que a prevenção é feita durante todo o ano através do 188, telefone de ajuda do CVV, em que o atendimento é feito por pessoas especializadas, para conversar e auxiliar outras que podem, por ventura, pensar em cometer o ato. Ela comentou sobre esse trabalho.
“Nosso objetivo é ouvir essas pessoas sem nenhum julgamento, porque muitas vezes, na sociedade, ou até mesmo na família, estamos habituados a isso. Muitos familiares, às vezes, estão cansados de ouvir sempre a mesma fala. Então criou-se alguns impeditivos dessa conversa e estamos trazendo essa informação mais claramente para a sociedade. Este ano, as pessoas estão convivendo muito mais em seu ambiente familiar, e essa convivência passou a ser mais repetida neste momento. Nosso trabalho é mostrar a importância dessa conversa”, disse.
Com relação ao número de jovens que tirado a sua vida, Joceli comentou que muitos estão angustiados com o momento, e que o CVV tem um chat, voltando para essa parte da população que usa muito a internet como um canal de comunicação mais fácil a eles.
Já sobre as estatísticas das cidades da Serra, ela disse que em muitos casos os dados não são computados, o que dificulta esse levantamento.
Ouça a entrevista completa:
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