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Seguem as buscas pelo homem que matou mulher, bebê e idoso em Corumbá de Goiás

Com requintes de crueldade, Wanderson Mota Protácio, 21 anos, tem um passado marcado por violência e tentativa de feminicídio. Natural de Governador Nunes Freire (MA), ele veio para Goiás trabalhar como caseiro, onde cometeu crimes graves. O último deles abalou todo o país. No último domingo (28), o caseiro assassinou a facadas a namorada grávida de 4 meses, a enteada, de 2 anos e 9 meses, e um fazendeiro, de 73 anos, com um tiro na cabeça, em Corumbá de Goiás.

Raniere Aranha, 19 anos, e a filha, Geysa Aranha, foram sepultadas na manhã desta terça-feira (30), sob forte clima de comoção e revolta. Wanderson segue foragido e mais de 70 policiais civis, militares e rodoviários federais concentram as buscas pelo assassino em Abadiânia (GO), município distante 34km de Corumbá.

O Correio teve acesso ao processo criminal em que Wanderson responde por uma tentativa de feminicídio ocorrida em dezembro de 2019. O processo tramita no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) e a sentença ainda não foi decretada.

Como consta nos autos, Wanderson chegou em casa, em Goianópolis, sob efeito de drogas e álcool na manhã de 8 de dezembro de 2019. Agressivo e armado com uma faca, o caseiro obrigou a irmã da madrasta a entrar em um dos quartos da residência com ele. Com a negativa, o agressor desferiu vários golpes de faca contra as costas da mulher. A arma branca chegou a quebrar e, depois disso, ele fugiu pulando os muros e se escondeu em uma casa próxima. A vítima foi socorrida por vizinhos e levada ao Hospital Municipal de Goianópolis.

Na época, ele foi preso pela Polícia Militar e ficou detido na Unidade Prisional de Goianápolis. No próprio depoimento, Wanderson confessou o crime e tentou justificar a agressão pelo fato de estar embriagado e ter usado cocaína e maconha. Durante o interrogatório, alegou, ainda, que, “devido ao estado, tinha o intuito apenas de matá-la, mas não havia motivo de fazer tal ato e só fez pois havia feito uso de drogas e bebida alcoólica.”

Apesar da gravidade dos fatos, o caseiro foi solto pela Justiça em março de 2020, mediante medidas cautelares, como o comparecimento ao Juízo mensalmente para informar a profissão e local de residência, a proibição de frequentar bares e locais de diversão, bem como a proibição de manter contato com a vítima ou por qualquer meio de comunicação.

Triplo homicídio

Ao menos 70 policiais civis e militares participam das buscas por Wanderson Mota. Ele é o principal suspeito de matar a mulher grávida de 4 meses, a enteada, de 1 ano e 8 meses, a facadas, e um fazendeiro com um tiro na cabeça. O crime aconteceu na noite deste domingo (29), em Corumbá de Goiás, região com pouco mais de 11 mil moradores.

Segundo informações da Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), as buscas se concentram em Corumbá, Alexânia, Abadiânia e Anápolis. Os policiais contam com helicóptero e cães farejadores na caçada.

De acordo com a Polícia Militar, Wanderson Mota Protácio assassinou a mulher e a criança dentro de casa a facadas. Depois disso, foi até a fazenda do patrão, onde furtou um revólver com seis munições e se deslocou até uma propriedade vizinha e matou o fazendeiro Roberto Clemente de Matos e tentou estuprar a esposa dele.

A mulher ainda foi baleada no ombro e, de acordo com a apuração policial, fingiu-se de morta para escapar. O assassino levou a caminhonete de Roberto e abandonou o veículo após alguns quilômetros, na GO-225.

Palavra de especialista

Bruno de Oliveira, advogado criminalista. “No caso em apreço, tem-se caracterizados dois feminicídios e um homicidio qualificado, sendo que para cada um a pena poderá variar de doze a trinta anos de reclusão. O crime de feminicidio pode ser praticado tanto contra adulta, como também contra criança, desde que em decorrência da violência doméstica ou do menosprezo ou discriminação contra a mulher.

Além disso, no caso da vítima que se encontrava gestante, há causa de aumento 1/3 (um terço) da pena, sendo que a mesma fração deve ser aplicada em decorrência da idade da segunda vítima, que ao tempo do crime era menor de 14 (catorze) anos. Por fim, devemos nos lembrar que, com o advento do “pacote anticrime”, que alterou alguns dispositivos da legislação penal e processual penal, as penas poderão ser cumpridas no período máximo de 40 anos, sendo que antes do advento da referida lei o período limite era de 30 anos”.

Fonte: Correio Braziliense

Rafaela Grandi

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