“Se não mudar a gestão, o hospital São Carlos vai fechar”, diz prefeito

A crise financeira do Hospital São Carlos, de Farroupilha, parece não ter fim. Com uma dívida de aproximadamente R$ 40 milhões e um déficit operacional de R$ 900 mil por mês, os administradores encontram dificuldades para achar uma solução, mesmo paliativa, para o problema. Na manhã desta segunda-feira, dia 19, o prefeito do município, Claiton Gonçalves, afirmou que, se não houver uma mudança de gestão, o hospital São Carlos vai acabar fechando.

“O problema do São Carlos é a gestão. Nós precisamos de uma administração segura, séria e que faça gestão. Como que o hospital busca recursos? Através de trabalho, precisa trabalhar, precisa produzir, precisa ser um hospital realmente efetivo, e há demanda para isso. Cito como exemplo um supermercado: se você tiver uma venda muito baixa, vai acabar fechando, qualquer negócio que não tenha lucro vai acabar fechando, e com o São Carlos não é diferente. O que o hospital vende? Vende saúde, mas se as pessoas precisam de atendimento hospitalar e vão procurar isso em outra cidade da região, e não em Farroupilha, esse hospital vai acabar fechando”, salientou.

O prefeito admitiu que pretende diminuir a verba que destina ao hospital porque, segundo ele, está pagando por um produto e recebendo outro. “Estamos repassando nossos recursos em dia, mas devemos diminuir esse valor, pois entendemos que o hospital não está entregando tudo aquilo que deveria entregar com o valor investido. Sendo assim, vamos diminuir o valor até por uma questão de responsabilidade e transparência da administração pública”, afirmou.

Atualmente, a prefeitura de Farroupilha repassa ao hospital São Carlos R$ 1 milhão por mês. Desse total, mais de R$ 500 mil são utilizados para a compra de serviços e R$ 498 mil é de subvenção. O valor que está previsto para o ano todo é de mais de R$ 12 milhões, sendo que a administração já repassou um subsidio a mais no mês de abril, no valor de R$ 1 milhão.