Samae empresta cerca de 30 caixas de água para famílias do interior de Caxias do Sul

Por conta da estiagem nos últimos meses no Rio Grande do Sul, a população gaúcha sofreu, e, ainda sofre, com diversas complicações, entre elas, a aflição de ficar sem água para o próprio consumo humano. Em Caxias do Sul, há barragens que já apresentam queda de quase 40%. No interior do município, muitas açudes, lagos e fontes acabaram secando.

Dadas as circunstâncias, visando amenizar o transtorno na área rural da cidade, o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (SAMAE) disponibilizou cerca de 30 caixas de água para as famílias que não possuem condições de comprar o reservatório. De acordo com o diretor-presidente do Samae, Gilberto Meletti, a ideia de emprestar as caixas à população do interior veio durante a seca de dois anos atrás.

“Isso iniciou em 2020, num trabalho realizado entre Secretaria de Agricultura e o Samae. Houve a estiagem naquele ano, em 2021 e agora em 2022. Lá em 2020, o Samae adquiriu uma quantidade de 80 caixas para trabalhar, justamente no interior, nas localidades onde não havia água e que seriam pessoas sem condições de adquirir esse tipo de caixa. O Samae disponibilizava água devido a estiagem, pois as fontes secaram. Em 2021, a estiagem foi menor e depois disto nós passamos a recolher algumas caixas que não haviam mais necessidade. O Samae fez uma cessão de uso, pois é de propriedade do Samae. Como acabou a estiagem, as fontes voltaram e em certos locais nós já levamos a água encanada, pois nós estamos fazendo um trabalho muito forte no interior para que haja essa distribuição de água, a gente passou a recolher“, destacou Meletti.

O diretor-presidente explica que, no momento, não há mais caixas disponíveis, e, após esta estiagem, o Samae retornará nas propriedades para buscar as caixas. “É feita uma análise da capacidade financeira. Se ele (cidadão) não tem condições de adquirir uma caixa a gente empresta, mas é uma concessão temporária para este momento de emergência. Assim que passar a estiagem, vamos recolher pois elas são de propriedade do Samae. Cada cidadão vai ter que disponibilizar seu equipamento para receber a água que a gente leva, em determinados locais com caminhão-pipa, mas em muitos locais nós estamos fazendo já as redes para receber água encanada diretamente nas residências.” finalizou Gilberto.