A greve dos aeronautas, que protestam por reajustes salariais e melhores condições de trabalho, chega ao seu terceiro dia nesta quarta-feira (21). A paralisação segue alterando a rotina dos passageiros que passam pelo Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre: até as 8h, ao menos quatro voos haviam sido cancelados e dois estavam atrasados.
Entre os embarques, os cancelamentos envolvem aeronaves que partiriam com destino ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, às 11h55min e 17h25min. Já o único atraso registrado pelo terminal é de um voo para o Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro – previsto inicialmente para às 10h15min, mas que só sairá às 11h10min.
Entre os desembarques, também há dois cancelamentos e um atraso. As aeronaves que pousariam às 10h55min e 16h55min, vindas do Aeroporto de Congonhas, não passarão mais pelo Salgado Filho. Também há um atraso: um voo que chegaria às 9h35min, após decolagem no Aeroporto Santos Dumont, só deve pousar às 10h35min.
A orientação é de que os passageiros afetados entre em contato com as companhias aéreas para reagendar os trechos que, eventualmente, tenham sido cancelados em razão da paralisação. Em nota, a Fraport Brasil disse ainda que não tem gestão sobre a greve e nem sobre os procedimentos das companhias aéreas para remarcação de voos.
Greve
A categoria dos aeronautas compreende todos os profissionais que atuam dentro das aeronaves. Ou seja: pilotos, copilotos, comissários, mecânicos de voo, navegadores e radioperadores. Os profissionais, que deram início à mobilização ontem, sempre das 6h às 8h, reivindicam reajustes salariais e melhores condições de trabalho.
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu, ainda no final de semana, que apenas 10% dos trabalhadores podem cruzar os braços. Conforme o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a determinação está sendo cumprida. No domingo, a entidade recusou a proposta de correção salarial pelo índice da inflação e aumento real de 0,5%.
O presidente da entidade, Henrique Hacklaender, disse na terça-feira, em transmissão ao vivo nas redes sociais, que o movimento “é um sucesso” e vai continuar por tempo indeterminado. O sindicato garante que decolagens com órgãos para transplante, enfermos a bordo e vacinas não estão sendo afetadas.
Fonte: Guaíba