Queda nos setores de alimentos e derivados de petróleo afetam produção industrial gaúcha

A produção industrial gaúcha registrou queda de 3,4% em janeiro deste ano, comparado com o mês de dezembro de 2022. Conforme dados da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Regional (PIM-PF) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o recuo eliminou o ganho de 1,9% que havia sido registrado no estado no último mês do ano passado e é a maior retração entre os demais estados investigados pela pesquisa, seguida das de São Paulo (-3,1%) e Mato Grosso (-2,0%).

Na comparação com janeiro de 2022, a indústria gaúcha recuou 7,7%, voltando ao campo negativo após variação de 0,1% em dezembro, quando interrompeu dois meses consecutivos de queda: novembro (-3,2%) e outubro (-2,1%). O indicador acumulado nos últimos 12 meses foi de 0,4%. Houve retração em dez das 14 atividades pesquisadas no estado.

Principais atividades

Entre as dez atividades que registraram recuo, exerceu o maior impacto em janeiro de 2023 a fabricação de produtos alimentícios (-11,8%), seguida do coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (-11,8%) e de outros produtos químicos (-11,7%). As variações positivas apareceram nos segmentos de produtos de minerais não metálicos (2,7%), máquinas e equipamentos (0,5%) e móveis (3,1%).

O desempenho negativo da produção do Rio Grande do Sul foi o segundo de maior influência sobre o índice nacional (-0,3%). Assim como ocorreu em São Paulo, o resultado também é ligado ao setor de derivados do petróleo. “Em segundo lugar, também há o setor de produtos do fumo, que exerceu uma influência negativa sobre a indústria gaúcha”, explica o analista da pesquisa, Bernardo Almeida.

O resultado é o primeiro após as atualizações na seleção de amostra de empresas e unidades locais e na lista de produtos investigados pela pesquisa. Além disso, houve alterações metodológicas que buscam acompanhar as mudanças econômicas da sociedade. Também foram incluídos três novos locais entre os pesquisados: Rio Grande do Norte, Maranhão e Mato Grosso do Sul – por atingirem 0,5% do valor de transformação industrial (VTI), de acordo com a Pesquisa Industrial Anual (PIA) Empresa.

*Com informações de Rádio Guaíba