Está acesso o sinal amarelo para as exportações caxienses, apesar de a economia apresentar uma ligeira melhora, o alto custo que os empresários estão enfrentando para produzir vem reduzindo a competitividade das empresas instaladas em Caxias do Sul.
O alerta é do coordenador da Diretoria de Economia, Finanças e Estatística da Câmara de Indústria Comércio e Serviços (CIC), Astor Schmitt que mostrou preocupação com o volume de exportações realizadas no município durante o primeiro trimestre deste ano que ficaram em 158 milhões de dólares.
Schmitt lembra que em anos anteriores, como em 2012 por exemplo, os valores anuais de exportações superaram a marca de 1 bilhão de dólares e que a projeção desse ano deve apenas superar os 600 milhões de dólares, representando uma queda de aproximadamente 40%.
O empresário acredita que essa redução não pode ser colocada na conta da crise brasileira. Para ele empresas de outras cidades, estados conquistaram um mercado que anteriormente pertencia a Caxias do Sul.
“Os mercados lá fora continuam comprando e a constatação que a gente chega é de que alguém na vizinhança municipal, estadual nossa, está vendendo em nosso lugar, pois os mercados continuam comprando. E se alguém vendendo em nosso lugar, é porque nós não somos competitivos o bastante, ou dito de outro jeito nossa produção industrial está ficando muito cara”, avalia.
Ele também elencou três dificuldades que impactam diretamente na competitividade das indústrias caxienses. São elas o alto valor da mão de obra no município, os gastos com logística em virtude da infraestrutura precária de estradas e custos elevados com energia e por último o encolhimento da indústria local que não consegue atrair novos investimentos.
Schmitt cobrou do poder público e das lideranças municipais que dialoguem e busquem alternativas para a solução desses problemas que não visão dele precisam ser tratados com urgência.