Caxias do Sul

Queda de competitividade reduz exportações caxienses no primeiro trimestre

Queda de competitividade reduz exportações caxienses no primeiro trimestre


Queda nos valores envolvendo exportações vem preocupando os empresários. Foto: Ricardo Augusto de Souza

Está acesso o sinal amarelo para as exportações caxienses, apesar de a economia apresentar uma ligeira melhora, o alto custo que os empresários estão enfrentando para produzir vem reduzindo a competitividade das empresas instaladas em Caxias do Sul.

O alerta é do coordenador da Diretoria de Economia, Finanças e Estatística da Câmara de Indústria Comércio e Serviços (CIC), Astor Schmitt que mostrou preocupação com o volume de exportações realizadas no município durante o primeiro trimestre deste ano que ficaram em 158 milhões de dólares.

Schmitt lembra que em anos anteriores, como em 2012 por exemplo, os valores anuais de exportações superaram a marca de 1 bilhão de dólares e que a projeção desse ano deve apenas superar os 600 milhões de dólares, representando uma queda de aproximadamente 40%.

O empresário acredita que essa redução não pode ser colocada na conta da crise brasileira. Para ele empresas de outras cidades, estados conquistaram um mercado que anteriormente pertencia a Caxias do Sul.

“Os mercados lá fora continuam comprando e a constatação que a gente chega é de que alguém na vizinhança municipal, estadual nossa, está vendendo em nosso lugar, pois os mercados continuam comprando. E se alguém vendendo em nosso lugar, é porque nós não somos competitivos o bastante, ou dito de outro jeito nossa produção industrial está ficando muito cara”, avalia.

Ele também elencou três dificuldades que impactam diretamente na competitividade das indústrias caxienses. São elas o alto valor da mão de obra no município, os gastos com logística em virtude da infraestrutura precária de estradas e custos elevados com energia e por último o encolhimento da indústria local que não consegue atrair novos investimentos.

Schmitt cobrou do poder público e das lideranças municipais que dialoguem e busquem alternativas para a solução desses problemas que não visão dele precisam ser tratados com urgência.