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Professores não perderam nada com aprovação de lei em B. Gonçalves

Sindicatos são, em essência e por definição, corporativos, defendem uma classe, uma corporação. Daí se pode entender porque é que o Sindicato dos Servidores Públicos fez a defesa intransigente dos professores na sessão da Câmara de Vereadores em Bento Gonçalves na segunda-feira.  E apoiado por outros presidentes de sindicatos que se fizeram presentes à sessão, além de levarem o voto do vereador Élvio de Lima, que costuma votar com o interesse do Executivo, mas neste caso discordou para ficar ao lado do trabalhador.

Os comentários de internautas que leram a matéria publicada pelo Leouve, quase que de forma unânime denotam indignação. “Estão tirando direito dos professores”. E dê-lhe relho nos vereadores, que, afinal, são políticos e por isso merecem todos os desaforos.

Não é bem assim. Verdade seja dita, a matéria do Leouve, a mesma em que os desaforos são postados no espaço dos comentários, aponta em seu título: “Vereadores aprovam redução de férias de professores e venda de terrenos”. Mas um título não permite explicações mais pormenorizadas. Isto fica para o corpo da matéria e muitas pessoas se posicionam apenas lendo o título.

As férias serão reduzidas, mas não o recesso. Os professores continuam 45 dias de recesso. Apenas 30 a título de férias e com a bonificação de 1/3 do salário. Sobre os outros 15 dias não caberá este pagamento, que aliás não vinha sendo feito. Trata-se de uma precaução do poder Executivo que busca segurança jurídica para evitar sustos no futuro. Está certo, não precisava ser em regime de urgência, podia vir com alguma garantia de que os 15 dias não serão subtraídos e aí não há o que discordar. Como sempre uma imposição feita de cima para baixo, sem oportunizar a defesa aos atingidos.

É verdade que a sociedade e os poderes públicos tem um grande passivo para com os professores e por isso a posição em defesa deles é natural. O que não se pode dizer é que só a categoria dos professores trabalha fora de hora ou leva trabalho para casa. Cada vez mais e em muitas outras atividades o trabalho e a preocupação com o dia seguinte vai para casa do trabalhador sim.

Neste caso vou dizer: prefiro a segurança jurídica do que mais uma vez assistir a Justiça do Trabalho homologar uma conta que, no frigir dos ovos, vai acabar saindo também do meu bolso.

 

Gerson Lenhard

Jornalista com atuação em jornais por 25 anos e experiência de mais de 12 anos em rádio. Acompanha a política nacional e o mundo dos negócios, especialmente em Bento Gonçalves.

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