Presidente da Federasul defende prosseguimento das reformas em reunião na CIC

A presidente da Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Sul (Federasul), Simone Leite, foi a palestrante da reunião-almoço, desta segunda-feira, dia 22, na Câmara de Indústria Comércio e Serviços (CIC), de Caxias do Sul. Apesar de ter iniciado a palestra falando sobre o feminismo e a importância da presença das mulheres em posições de destaque dentro da sociedade, o assunto acabou rumando para a crise política que o Brasil atravessa.

Mesmo com a credibilidade do governo em baixa envolvido com denúncias e crimes de referentes a corrupção, Leite defendeu o prosseguimento das reformas trabalhista e da previdência, classificadas por ela como fundamentais para a evolução do país.

“As reformas foram propostas por um governo contaminado pela corrupção, mas foram debatidas com a sociedade, e tem lá seus principais interlocutores que nós elegemos, para representar a sociedade. As reformas foram muito debatidas, principalmente a reforma trabalhista é fundamental, sobre a reforma da previdência eu sei que todo mundo gostaria de se aposentar com um salário de juiz, mas esse é um número que não cabe no orçamento da União”, destaca.

A presidente da Federasul também pediu agilidade na realização de uma reforma política, mas admitiu que esse tipo de trabalho é complicado e depende da pressão popular e envolvimento massivo da sociedade para que os políticos a coloquem em prática.

Simone Leite que foi candidata ao senado nas eleições de 2014 pelo PP, acredita que é necessária uma renovação na classe política, e deixou em aberto a possibilidade de uma nova candidatura no pleito de 2018.

“Hoje dizer que eu não estou motivada (para concorrer), não seria uma verdade, mas cada um tem seu tempo e sua possibilidade de fazer a diferença, a minha possibilidade hoje é através da entidade de classe que é a Federasul”, salienta.

A progressista ainda afirmou ter ficado decepcionada ao descobrir o envolvimento de Aécio Neves, seu aliado político em 2014, com recebimento de propina e todos os escândalos de corrupção que envolvem o tucano.