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Prefeitos cogitam realocar população atingida por enchentes em terrenos afastados do Rio Taquari

As recentes enchentes no Rio Grande do Sul não só deixaram um rastro de destruição, mas também impuseram a necessidade de mudanças drásticas em comunidades inteiras. Roca Sales e Muçum emergem como exemplos emblemáticos da luta pela reconstrução e realocação.

Roca Sales, uma das localidades mais impactadas pelas fortes enxurradas, enfrentou sua terceira grande enchente em apenas oito meses. Agora, a cidade não só precisa reconstruir, mas também repensar sua localização geográfica.

O prefeito Amilton Fontana (MDB) afirma que reconstruir os prédios públicos e parte dos bairros residenciais no mesmo local não é mais uma opção viável. Com estimativas apontando para a mudança de pelo menos 50% do município. O objetivo principal é encontrar uma área segura para abrigar novas construções, desde casas até instalações industriais e serviços essenciais como escolas e hospitais.

Muçum enfrenta desafios semelhantes. Também vítima das enchentes, a cidade precisa realocar ao mínimo 30% das construções para locais mais seguros.

Antes dessas calamidades, décadas haviam se passado desde a última grande enchente, em 1941. Contudo, a frequência e intensidade dos eventos climáticos extremos têm desafiado a resiliência das comunidades locais. Atualmente, Roca Sales e Muçum estão imersas em um processo de reconstrução desafiador e intricado, o qual é ainda mais complicado pela persistência das chuvas.

As imagens são devastadoras. Ruas obstruídas, placas de trânsito improvisadas em meio aos escombros e o árduo trabalho dos moradores para remover o barro de suas casas inundadas são apenas alguns dos vislumbres dessa tragédia.

A falta de comunicação e energia elétrica agrava ainda mais a situação. Roca Sales enfrentou três dias de isolamento, enquanto Muçum ainda luta para restaurar seu fornecimento de energia.

Ambas as cidades estão situadas no Vale do Taquari, região banhada pelo Rio Taquari. O prefeito Fontana reconhece a necessidade de se adaptar à vontade da natureza, afirmando: “Vamos ter que deixar o rio passar onde ele quer.”

Contudo, os desafios de implementar essas mudanças são enormes. Questões culturais, direitos de propriedade e logística são apenas algumas das barreiras que precisam ser superadas para garantir uma transição suave e justa para os residentes afetados.

(Créditos: Felipe Vicari / Grupo RSCOM)
(Foto: Felipe Vicari / Grupo RSCOM)
*Com informações de FolhaPress
Luiza Fim

Curiosa pelo mundo e apaixonada em comunicar. Vieses e cotidianos caxienses.

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