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Orçamento do Estado para 2023 prevê déficit de R$ 3,8 bilhões

A Assembleia Legislativa aprovou, nesta terça-feira (29), por 43 votos favoráveis e nove contrários, o Orçamento do Estado do Rio Grande do Sul para 2023, o primeiro após a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Das 548 emendas protocoladas ao PL 212/2022, do Poder Executivo, o líder do governo e relator do projeto na Comissão de Finanças, deputado Mateus Wesp, acolheu 490, e 21 foram encaminhadas pelo próprio relator. As emendas com parecer favorável também foram aprovadas em plenário por 50 votos.

Orçamento do Estado com déficit de R$ 3,8 bilhões

Com as receitas previstas de R$ 70,3 bilhões e despesas de R$ 74,1 bilhões, se estima déficit orçamentário de R$ 3,8 bilhões. A maior parte da arrecadação vem de impostos, taxas e contribuições. Mesmo assim, os números apresentados pelo governo preveem investimentos em diferentes áreas e incluem o retorno do pagamento da dívida do Estado com a União, após assinada a adesão ao RRF, que passou a vigorar em julho. Em 2023, os maiores volumes de recursos serão alocados na segurança pública (R$ 11 bilhões) e na educação (R$ 10 bilhões), incluindo folha de pagamento e investimentos.

Para a elaboração da Lei do Orçamento Anual, o governo tomou como base os critérios de equilíbrio fiscal previsto na Lei de Diretrizes Anuais 2023. Esse cenário se mostrou fundamental para regularizar os pagamentos atrasados, garantir investimentos recordes e permitir a redução de impostos desde 2021. Porém, se não fosse a mudança na lei federal do ICMS, o déficit de R$ 3,8 bilhões não existiria e o orçamento teria um superávit, conforme o líder do governo. Com as alterações, é estimado que o Estado deixe de arrecadar, em 2023, R$ 5 bilhões, sendo que 25% vão para os municípios.

“O primeiro orçamento aprovado após a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal consolida os nossos esforços para arrumar a casa, fazer as reformas necessárias, colocar as contas em dia, honrar o pagamento de salários e fornecedores e fazer os maiores investimentos das últimas quatro décadas no RS. Nos últimos quatro anos, cuidamos do dinheiro dos gaúchos e nos preparamos para a próxima gestão. A Assembleia Legislativa está de parabéns por aprovar um orçamento realista e com responsabilidade fiscal”, afirmou o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos.

Na quinta-feira passada (24), o projeto já havia sido aprovado na Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle. A sessão deliberativa ordinária desta terça (29) foi a última antes de 30 de novembro, prazo limite para a sanção do governador Ranolfo Vieira Júnior.

Fábio Carnesella

Jornalista com pós graduação em comunicação digital. Atua no jornalismo desde 2002, com passagens por diversos emissoras da serra gaúcha. Assessor de imprensa na Câmara dos Deputados e Diretor de Comunicação da Prefeitura de Flores da Cunha.

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