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Orçamento da prefeitura de Caxias do Sul prevê déficit de R$ 278 milhões

O prefeito Adiló Didomenico entregou, na nesta sexta (29/07), à Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o exercício de 2023. O orçamento da prefeitura de Caxias do Sul estabelece as diretrizes orçamentárias da Administração Direta (Executivo e Legislativo), do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), do Instituto de Previdência e Assistência Municipal (IPAM) e da Fundação de Assistência Social (FAS).

A LDO refere um planejamento de curto prazo, tendo por fundamento a definição das prioridades e metas da administração para 2023, além das diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA). Também está em consonância com o Plano Plurianual (PPA), apresentado no início da legislatura, observando os objetivos e metas para o período 2022-2025.

A receita total estimada para o próximo ano é de R$ 3.246.258.969,47. As premissas básicas para a consolidação são a projeção de crescimento econômico de 1% e a reposição inflacionária, considerando o IPCA 4,10%. Os dois índices têm por base o Relatório Focus. Já as despesas estão estimadas em R$ 3.525.176.318,39. O resultado inicial estimado na LDO é de déficit de R$ 278.917.348,92.

Ao reiterar que a difícil situação financeira do Município seguirá prejudicando o atendimento das demandas da população e dos vereadores, o prefeito assegurou que tomará as medidas necessárias para colocar as contas em ordem. “É preciso enfrentar problemas sérios que existem há muitos anos. Não vamos empurrar a solução para frente, pois a inviabilização da gestão da máquina pública será uma realidade nos próximos anos”, reforçou.

Em relação ao processo da família Magnabosco contra o Município, que tem indenização estimada em R$ 1,3 bilhão, o prefeito reafirmou que todos os recursos jurídicos possíveis serão adotados. “Sem uma negociação justa, várias administrações futuras estarão comprometidas”, alertou.

Também fez a mesma ponderação em relação ao Fundo de Previdência do IPAM, que deverá consumir, em 2023, em torno de R$ 356 milhões do orçamento. “Entre 2021 e 2022 serão quase R$ 450 milhões, que poderiam ser destinados a obras. O valor sai do caixa do Município e fica depositado em um fundo”, indicou. O prefeito definiu a situação como um equívoco, que precisa ser corrigido por meio de ações junto ao governo federal. Alertou que a situação atual de Caxias do Sul, em breve, se estenderá aos demais municípios, citando Farroupilha como um dos que já sente os efeitos.

Como mecanismo para amenizar as dificuldades, o prefeito citou a ação da Prefeitura em busca de financiamentos junto ao mercado para amortização no longo prazo. Elencou movimentos para a compra de máquinas e caminhões, implantação de sistemas de drenagem, revitalização da Estação Férrea e melhorias no acesso ao Desvio Rizzo. Os projetos já tiveram aprovação legislativa e estão agora em fase de contratação.

Em 2022 o déficit do orçamento da prefeitura de Caxias do Sul deve ser de R$ 166 milhões

Para este ano de 2022, conforme o orçamento aprovado pelos vereadores em dezembro passado, o déficit indicado seria de R$ 166 milhões. A peça orçamentária do atual exercício trabalha entre uma despesa consolidada de R$ 2,813 bilhões e uma receita consolidada de R$ 2,646 bilhões.

O prefeito Adiló Didomenico classificou a atual situação financeira do município, como caótica e comprometedora para a própria manutenção da máquina pública. Citou que R$ 356 milhões terão que ser destinados, por força legal, ao Fundo de Aposentadoria e Pensão do Servidor (FAPS), dentro da chamada recomposição atuarial previdenciária.

O secretário municipal de Gestão e Finanças, Gilmar Santa Catharina, explicou que o cenário econômico ainda requer cautela. Atentou que a Administração tem buscado alternativas para ampliar a arrecadação. Afirmou que existe a possibilidade de um novo refinanciamento dos passivos de grandes devedores do município, como forma de aumentar as receitas, ao longo do próximo exercício.

Fábio Carnesella

Jornalista com pós graduação em comunicação digital. Atua no jornalismo desde 2002, com passagens por diversos emissoras da serra gaúcha. Assessor de imprensa na Câmara dos Deputados e Diretor de Comunicação da Prefeitura de Flores da Cunha.

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