Operação contra tráfico de drogas e armas de facções atuantes na Serra Gaúcha prende 26 pessoas em quatro Estados

Na manhã desta segunda-feira (17), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) deu continuidade à Operação Contas Abertas. A investigação mira uma organização criminosa baseada na Serra Gaúcha, envolvida em tráfico de armas e drogas, além de lavagem de dinheiro. Na última sexta (14), 26 pessoas foram presas, bens foram apreendidos e mais de 270 contas bancárias foram bloqueadas em quatro Estados.

Na fase atual da operação, foi cumprido mais um mandado de prisão preventiva e realizada uma revista no Presídio Regional de Pelotas, com apoio do Grupo de Intervenção Rápida da Superintendência dos Serviços Penitenciários (GIR/SUSEPE). Durante a ação, foram apreendidos celulares e outros materiais ilícitos que serão analisados como provas na investigação.

O promotor de justiça Rogério Meirelles Caldas, coordenador do GAECO Núcleo Sul, destacou a importância da continuidade da operação: “Em continuidade à Operação Contas Abertas, cumpriu-se um mandado de prisão em revista na cela de um alvo que estava em Pelotas por causa de medida judicial após afastamento dele do presídio de Bento Gonçalves. Portanto, o mandado teve de ser cumprido nesta segunda-feira pelo GAECO Núcleo Sul em apoio ao GAECO Núcleo Serra. Na zona sul do Estado, foi efetivada a prisão preventiva deste alvo, bem como, foi feita uma revista na cela, onde foram apreendidos dois celulares, que vão ser agora objeto de investigação.”

Detalhes da Operação Contas Abertas

Deflagrada na última sexta-feira, a Operação Contas Abertas já contabilizou 26 prisões, apreensão de 25 veículos e cinco imóveis, além do bloqueio de 274 contas bancárias. Cerca de 400 agentes cumpriram ordens judiciais, incluindo 50 mandados de busca em Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, São Valentim do Sul, Guaporé e Barros Cassal, bem como em Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul.

A organização criminosa tem ramificações em várias cidades e Estados, com operações envolvendo tráfico de drogas, armas e lavagem de dinheiro. A revista geral na Penitenciária Estadual de Bento Gonçalves e o cumprimento de mandado judicial na Penitenciária Federal de Campo Grande, onde se encontra o líder do esquema, reforçam a abrangência da operação. Os 26 presos incluem a companheira do líder detento e traficantes responsáveis pela contabilidade do grupo e lavagem de capitais.

A operação contou com apoio da Brigada Militar, Polícia Civil e SUSEPE. Segundo as autoridades, os investigados compraram imóveis, carros e até uma cabanha com os recursos provenientes das atividades ilícitas.