O mundo tem voltado seus olhos para África do Sul, pois na última quarta-feira (24) uma nova variante da Covid-19 foi confirmada. Segundo os dados preliminares, esta nova forma do vírus, batizada de Omicron, possui cerca de 50 mutações e, por conta disso, é considerada “variante preocupante” pela Organização Mundial da Saúde. Um dos fatores que tem tirado o sono dos cientistas é a possibilidade de o vírus ser capaz de tornar as vacinas atuais obsoletas.
Segundo a OMS, apesar da confirmação na quarta-feira (24), a coleta da amostra que provou ser da nova variante ocorreu ainda no dia 9 de novembro.
O que é uma ‘mutação’ do vírus da Covid-19?
Para sobreviver, os vírus são capazes de fazerem cópias de si mesmos dentro do hospedeiro e durante tal processo, algumas duplicatas podem apresentar mutações. Caso tais alterações auxiliem na sobrevivência dentro do organismo infectado, os novos vírus podem manter as mudanças. Como resultado, surgem as variantes.
Preocupação em relação às mutações da variante Omicron
A variante Omicron, ou, B.1.1.529, apresenta cerca de 50 mutações. Destas, ela tem 32 mutações na proteína S. Esta, é a proteína que o vírus utiliza para ligar-se ao corpo humano e infecta-lo. Por conta disso, a nova forma do vírus assusta, uma vez que é justamente nesta proteína S que as vacinas agem para preparar o organismo contra a Covid.
Outro ponto, destacado pela OMS, é a aparente capacidade do vírus de infectar novamente pacientes que já passaram pela Covid-19.
Cientistas já estudam transmissão e outras características da variante
Cientistas de diversos pontos do planeta já estão estudando as características que diferem a variante Omicron das demais. Contudo, para obtenção de resultados concretos, é necessário tempo de estudo. Fala-se, atualmente, em “várias semanas”.
Países suspendem viagens de locais com casos confirmados
Durante esta sexta-feira (26), diversos países como Reino Unido, Alemanha, Itália, Japão, Singapura, Israel e República Tcheca decidiram restringir a entrada de viajantes do sul da África. Além da África do Sul, Botsuana, Lesoto, Namíbia, Zimbábue, Essuatíni foram alguns dos países afetados.
Fonte: Organização Mundial da Saúde
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