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O seminário “Trabalho Decente sim, Trabalho Escravo não” ocorre na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul

O seminário “Trabalho Decente sim, Trabalho Escravo não” será realizado nesta sexta-feira (10), às 14h, na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul (RS). O evento é organizado pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e demais entidades sindicais, em função dos recentes casos de trabalho análogo à escravidão identificados no Rio Grande do Sul.

Além do Fórum das Centrais Sindicais, que reúne as principais centrais de trabalhadores do estado, haverá representação do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, Tribunal Regional do Trabalho – TRT 4ª Região, Ministério Público do Trabalho – MPT, da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, do Senador Paulo Paim, de deputados federais e estaduais e sindicatos de trabalhadores da região e do RS.

“O objetivo é contrapor a essa realidade desumana, com o conceito do trabalho decente, que é uma condição fundamental à superação da pobreza, redução das desigualdades sociais, garantia da governabilidade democrática e o desenvolvimento sustentável. É preciso reagir. O neoliberalismo não tem conseguido responder às necessidades da sociedade. Sobretudo após a crise em 2008, o que temos assistido é o crescimento do trabalho análogo à escravidão em diversos países, inclusive com crescimento do trabalho infantil”, advertiu Nilvo Riboldi Filho, presidente do Sindicato dos Comerciários de Caxias do Sul.

Para o dirigente, um dos aspectos a serem abordados no debate é o retrocesso causado pelas reformas trabalhista e da Previdência.

“Não é exagero dizer que, por causa dessas reformas, houve uma ruptura no patamar civilizatório do trabalho, em que o capital passou a ter enorme poder de pressão sobre a mão de obra, de forma brutal e desigual em cima dos trabalhadores. Hoje os empresários acham que podem fazer tudo e que a classe trabalhadora não tem direitos”, lamentou Nilvo.

De acordo com o presidente, o principal desafio dos sindicatos e centrais é unir a sociedade para cobrar o fortalecimento das estruturas de fiscalização do Ministério do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho.

Fábio Carnesella

Jornalista com pós graduação em comunicação digital. Atua no jornalismo desde 2002, com passagens por diversos emissoras da serra gaúcha. Assessor de imprensa na Câmara dos Deputados e Diretor de Comunicação da Prefeitura de Flores da Cunha.

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