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O que a Caixa não é

Em período de stress, com hospitalização mãe e filha, em vez de pagar meu cartão de crédito no valor de R$ 2.064,00, acrescentei um zero a mais e acabei pagando R$ 20.640,00. Fiz com o código barra pela minha conta no Banrisul. Começou aí a minha “Via Crucis” com a CEF, aquela que, no atendimento eletrônico, diz: “Você ligou para a Caixa Econômica Federal, o banco de todos os brasileiros”. Bem, para ela, fui um banco da praça.

Quando me dei conta, noticiei o ocorrido à CEF, pedindo o estorno do valor excedente. O que a Caixa recebeu sem que eu devesse. Recebi um protocolo e a orientação de ligar em cinco dias úteis.
Foi o que fiz. Outro protocolo e a orientação foi a de mandar para um número de e-mail o comprovante de pagamento. “Oi? Vocês têm todos os registros! Se eu devesse para vocês, com certeza, vocês já teriam me ligado mil vezes, né?”, pensei.

Fui vencida pela ignorância de quem eles colocam no outro lado do telefone para atendimento: por orientação, mandei, por e-mail, o comprovante do pagamento. Confiante de que iriam me devolver o valor, quando me informaram que iriam deduzir do valor a estornar a parcela ainda não vencida. “O quê? Querem me cobrar antecipado? Porque devo pagar antecipado algo se, para isso, eu pago a anuidade e o Banco desconta um percentual do valor do estabelecimento onde a compra foi feita? Isso que não estou nem falando que sei que emprestam o meu dinheiro aos outros; cobram juros astronômicos, e querem me devolver o valor histórico, mesmo sabendo, de antemão, que estão com o meu dinheiro, algo que não lhes pertence”.

Para arrematar, pediram o número de conta, agência e banco para me devolver o valor. Mas não mandaram nenhum centavo. E lá se foram uns 5 protocolos, mas meu dinheiro, a CEF não devolveu. Isso tem nome, não?

Entretanto, ao receber a fatura do mês de abril, vi que a Caixa Econômica Federal – que não é o banco de todos os brasileiros, me devolveu um crédito no valor que paguei a mais. Coisa mais sem-vergonha!

Lá vou cancelar o meu cartão; cancelar todas as minhas relações com a CEF e ajuizar demanda judicial. Desejo que vocês sejam mais brasileiros que eu e sejam tratados com mais dignidade e com menos exploração de domínio econômico.

Silvia Regina Becker Pinto

Advogada e Professora. (espaço de coluna cedido à opinião do autor)

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