Especial: Pedro Dytz Marin
Estudante do Primeiro Ano do Ensino Médio do Colégio Sagrado Coração de Jesus
Ah, a adolescência! Que fase, que fase! Muitos diriam que talvez seja a mais importante, afinal começar a preencher o caráter e o próprio futuro requer certa sabedoria, certa ponderação, duas qualidades escassas na maioria dos adolescentes. Tendo isso em vista, como adultos nascem? Como passarinhos voam do ninho? Como a maturidade e as decisões chegam à vida de um rapaz, ou de uma moça? Perguntas não tão difíceis de se responder, mas os resultados delas, bem, vêm normalmente de situações complicadas, de divisores de água.
Mas não é sobre isso que quero contar, pois se fosse, a leitura acabaria por se tornar desconfortável e cansativa. Não, não. Vim escrever sobre os modeladores do futuro, os adolescentes.
Primeiramente, vale ressaltar que ao retratar o grupo jovial é fundamental usar a ironia. Tudo que cabe aos atos de um adolescente é irônico, não importa quanto tal valha para um jovem, a ironia está presente em tudo numa vida adolescente.
Mas o texto também não é sobre a ironia por trás das ações deles. Sem mais enrolação ou espera, me debruço no computador com o desejo de cuspir palavras sobre as exclusividades do período que no Brasil vai dos 12 aos 18 anos.
Aonde eu quero chegar é previsível, já antes falado e me arriscaria até dizer que é obvio. No entanto, sabe-se que a obviedade nunca diminuiu a atração. Adoramos aprender sobre o que já aprendemos, isso não é único de nenhuma faixa etária. Evidentemente, estou desesperado para confessar o que eu penso da adolescência.
Me repito: ah, a adolescência! De fato, vista de longe, por mais velhos ou mais novos, os anos intermediários da juventude são peculiares, difíceis de se compreender. Agora, quando é olhada de perto, transforma-se em uniforme, padrão.
É bem simples, não se engane. Adolescentes sentem o mesmo, claro, de formas diferentes, as emoções se divergem, mas os sentimentos, bom, esses são imutáveis quando falamos dos milhões de jovens mundo afora.
As mesmas dúvidas, angústias, ansiedades, jeito de sonhar, a paixão por viver, a fuga do questionamento do verdadeiro propósito de existir, tudo isso apresenta alterações nada drásticas mesmo na variação de gênero, nacionalidade ou cultura.
A petulância exagerada, a ansiedade para a chegada de respostas e resultados, o egoísmo implantado nas entranhas, as paixões platônicas, o desejo incontrolável, a descoberta do amor, o orgulho proveniente da petulância, a solidão no meio da multidão, o ‘olhar para trás’ com satisfação, a resposta pragmática às perguntas duradouras, e por fim, a realidade.
Os questionamentos tão recorrentes: “Será que um dia vou ser amada?”; “Quando serei prioridade?”; “Por que ninguém me faz carinho?”; “Em que grupo eu me encaixo?”. Todo o jovem faz essas perguntas, mesmo que não dessa maneira.
Esse processo é vivido por quase todo o adolescente, mas, adolescência não é matemática. Um certo indivíduo pode ser adolescente aos 10 ou aos 30 anos. Pode ser precipitado ou um caçador nostálgico, em busca das sensações mais doces e vivas que já experimentou.
Ah, a adolescência! É explicável, mas tão elétrica, tão efervescente, que, as palavras fogem como borboletas na saída do casulo quando descrevemos essa juventude que anseia tanto por aventuras, por liberdade, por amor.
O jovem ama o presente, ama o “aqui e agora” e está aí a mais pura ironia, afinal, o adolescente simplesmente não dá espaço ao pensamento sobre o futuro (exceto a famigerada escolha do curso da faculdade) e isso, aparentemente é preocupante. Mas não é.
Deixemos os adolescentes viverem o presente deles, viveremos o nosso, esperando para desfrutarmos do futuro deles.
Ah, a adolescência! Tanta vida em poucos anos! Tantas promessas cumpridas e também mentiras desferidas! Anos que fluem rapidamente, contudo, nunca são esquecidos, mas sim congelados, para que nos momentos da batalha contra o mundo real não se perca aquele elixir, aquela essência da juventude, a vivacidade.
Vivos, muito vivos, marcham os adolescentes.
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