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Nova ministra é acusada na Lava-Jato e abre vaga para condenado por estupro

A nomeação da deputada Cristiane Brasil para o cargo de ministra do Trabalho está publicada na edição desta quinta-feira, dia 4, do Diário Oficial da União. A escolha da deputada, que ocupa uma cadeira na Câmara desde 2005, foi anunciada na tarde da quarta-feira, dia 3, após reunião entre o presidente Michel Temer e o presidente nacional do partido, Roberto Jefferson, que é pai de Cristiane.

Deputada foi denunciada por delatores da Odebrecht na Lava-Jato (Foto: arquivo)

O nome dela surgiu após o impasse provocado com a indicação de Pedro Fernandes, que foi vetado pelo ex-presidente José Sarney sob alegação de que o parlamentar é alinhado ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), inimigo político da família Sarney.

Na Câmara, ela se destacou como autora de pelo menos um projeto de lei polêmico: ela tentou regulamentar a roupa dos frequentadores do Congresso e o tamanho dos decotes utilizados, mas a iniciativa não vingou.

Com 44 anos, a nova ministra é advogada e já foi vereadora no Rio de Janeiro por três mandatos. Votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT) e pelo arquivamento das denúncias contra Temer nas duas ocasiões em que o assunto foi debatido pelo Legislativo. Além disso, votou de maneira favorável à reforma trabalhista e à PEC do Teto.

A data da posse da nova ministra ainda não foi divulgada pelo Palácio do Planalto. Cristiane Brasil assume a vaga deixada pelo também deputado do PTB Ronaldo Nogueira, que apresentou pedido de demissão no dia 27 de dezembro para se candidatar a um cargo eletivo no pleito deste ano.

Filha do principal delator do mensalão depois que um afilhado político foi acusado de receber propina na direção dos Correios. Cristiane também tem contra si acusações, desta vez no escândalo da Lava-Jato. Os delatores da Odebrecht acusam a deputada federal de ter recebido R$ 200 mil como caixa dois durante seu período como vereadora no Rio, o que ela nega.

Jefferson, que teve o mandato cassado e cumpre pena no regime aberto desde 2015 por conta do mensalão, chorou quando anunciou o nome da filha para o ministério. Ele afirmou que a nomeação é um “resgate da família”.

A nomeação de Cristiane abre a oportunidade para que o ex-vereador de Campos dos Goytacazes Nelson Nahim (PSD-RJ), irmão do ex-governador Anthony Garotinho, que foi preso por acusações de corrupção, assuma a vaga na Câmara dos Deputados. Ele também foi condenado: preso duas vezes por envolvimento em exploração sexual de menores, sua pena é de 12 anos de prisão por estupro de vulnerável, mas foi solto em outubro após obter um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF).

Redação Leouve

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