Comentário de Sílvia Regina. (Foto: Reprodução)
Você já ouviu falar de Narciso? Não?
Ele representa, no senso comum, um forte símbolo da vaidade. Com certeza, você já deve ter tido, em algum contexto, esse referencial em torno dele. Mas, deixe-me falar dele um pouquinho.
Narciso não é só um personagem da mitologia grega. Ele é um dos personagens mitológicos mais citados nas áreas da Psicologia, da Filosofia, das letras de música, das artes plásticas e da literatura.
Conta-se que ele era filho do deus do Rio Cefiso e da ninfa Liríope. O moço era tão belo e tão vaidoso que, após desprezar inúmeras pretendentes, acabou se apaixonando pelo próprio reflexo, por nele enxergar a si mesmo.
Há inúmeras versões sobre a origem do mito de Narciso, porém, a mais conhecida é aquela contada pelo poeta romano Ovídio (43 a.C.-18 d.C.) em sua obra Metamorfoses, que o leitor, querendo, pode conferir. Deve encontrar, inclusive, na internet. Porém, o foco, nesta minha abordagem, é o excesso de vaidade e a falta de empatia pelos outros que este mito, na representação narcisista, repercute em nossa sociedade por todos os lados.
Dizem que Nasciso, apaixonado pelo seu próprio reflexo, morreu de fome e sede à beira da fonte de água onde via sua imagem refletida. Narciso era tão arrogante e se sentia tão especial que, aos seus olhos, ninguém era bom o suficiente para ele. Seu excesso de vaidade fez com que só se apaixonasse por alguém de sua categoria: no caso, ele mesmo.
Eis o curioso da mitologia narcisista: logo veio a decepção, eis que o amor a si próprio meramente refletido não era correspondido. Não era possível abraçar o seu amado, projeto de sua paixão e, apesar disso, Narciso se recusou a abandonar a fonte de água, na esperança de que um dia pudesse concretizar o seu amor, o que jamais aconteceu.
Então, profundamente deprimido, Narciso deixou de comer e beber e acabou definhando à beira da fonte de água. Morreu de inanição. No lugar onde Narciso morreu, teria nascido uma flor amarela e branca que, na atualidade, conhecemos pelo nome de narciso.
O Mito de Narciso, vejo com tristeza, se repete por todo lado. Nada tem de beleza da flor. Falo de pessoas que são tão arrogantes e que se sentem tão especiais e superiores; falo de uma crítica ao egocentrismo e ao excesso de vaidade do qual o mundo sempre esteve prenhe, mas que parece ter chegado em um momento culminante ou inusitado em todos os estratos de nossa vida social. Eles estão por toda parte, nas famílias, no trabalho, entre amigos, na Política, inclusive em comandos de algumas Nações.
E me pergunto: o que houve com o ser humano que não consegue olhar para além do seu próprio umbigo? Será que ainda podemos falar em um conceito unívoco de “humano”. Pessoalmente, não consigo ver o humano sem uma ligação umbilical com a empatia. E não sei se a humanidade ainda tem cura. Mas seu que precisamos acreditar que tem.
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