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“Se trata uma pessoa que praticava homicídios em série”, diz delegada sobre bolo envenenado em Torres

Uma coletiva manhã desta sexta-feira (10) ampliou as informações sobre o planejamento do crime em série que resultou na morte de três pessoas no caso do bolo envenenado em Torres. Além disso, também foi confirmado óbito por ingestão de arsênico de Paulo Luiz dos Anjos, sogro de Deise Moura dos Anjos, aumentando para quatro o número de mortos em decorrência dos crimes em série.

Conforme a diretora da 23ª Delegacia de Polícia Regional, delegada Sabrina Deffente, cada prova técnica encontrada pela polícia aumentava a surpresa de todos que participam da investigação.

“Não temos dúvidas de que se trata uma pessoa que praticava e tentava homicídios em série. Há fortes indícios de que ela tenha praticado outras tentativas de envenenamento, que agora serão objeto de investigação a partir de agora”, salientou a delegada.

Ela reforçou ainda que a investigação aponta que não há dúvidas de que a suspeita pesquisou sobre o veneno, até chegar em uma receita que seria inodora e que pudesse se assemelhar a um pó branco, podendo ser misturado com farinha ou leite em pó.

“Após encontrar essa combinação, ela começa a tentar envenenar os familiares, chegando na morte do sogro, em setembro”, completou.

Conforme o relato da delegada, a suspeita ainda teria tentado encobrir a morte, ao insistir que a família realizasse a cremação do corpo do sogro, que foi exumado na última quarta-feira, em um cemitério de Canoas. Segundo Marguet Mittmann, diretora do IGP, o corpo de Paulo Luiz dos Anjos foi o segundo com maior concentração de veneno de todas as quatro vítimas.

Foram coletadas amostras do baço, cérebro, rim, couro cabeludo, fígado e estômago. “As provas apontam que é impossível que esse caso se trate de intoxicação alimentar. A causa da morte do sogro foi sim envenenamento”, salientou Marguet.

O delegado Marcos Veloso, da Delegacia de Polícia de Torres, ainda apresentou detalhes da conversa de Deise com a sogra, Zeli dos Anjos. Além disso, ele mostrou informações do histórico de pesquisa da nora na internet. Em determinado momento, ela encontrou a história do Acqua Toffana, um veneno utilizado para matar humanos no século XVII, feito com base de arsênio e chumbo.

“Ela fez quatro compras em cinco meses, sendo uma antes da morte do sogro e outras três antes do caso do bolo”, contou.

Em uma tela, o delegado mostrou as mensagens entre nora e sogra. “Quando eu morrer, cuida do meu filho e reza bastante por mim, pois é bem provável que eu não vá para o paraíso”, era uma das mensagens.

“Eu não faria nada, pois pode ter sido várias coisas. Intoxicação alimentar, negligência médica, a banana estar contaminada pela enchente, ou a hora dele”, era o conteúdo de outra mensagem, encaminhada dias depois da morte do sogro.

Esta postura, segundo o delegado, aponta que Deisi buscava criar narrativas para encobrir a situação.

“A todo momento, ela cometia o delito e tentava apagar os rastros”, completou Veloso. Para a polícia, o principal alvo era a sogra Zeli, pois ela estava presente em ambas os casos. Além de Paulo, que foi morto em setembro, também vieram a óbito Maida Berenice Flores da Silva e Neusa Denise da Silva dos Anjos, ambas irmãs de Zeli, e Tatiane Silva dos Santos, filha de Neusa.

Com informações de O Correio do Povo

Redação Leouve

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