Menos de 15% da população de rua conta com sistema de acolhimento no RS. (Foto: Yago de Boni)
Mais de 15 mil pessoas vivem em situação de rua no Rio Grande do Sul. De todas essas, 34,63% (5.136) foram encontradas de modo sistemático na rua e 35,21% (5.222) são itinerantes. A concentração maior está na Região Metropolitana de Porto Alegre.
O diagnóstico, divulgado nesta terça (23), foi feito a partir de um levantamento sobre a quantidade a as políticas públicas para a população de rua no Estado, conduzido pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos e da Proteção aos Vulneráveis (CAODH). O objetivo do projeto, intitulado ‘Rua Cidadã’, foi permitir que os promotores de Justiça em cada comarca tenham acesso à realidade no seu território de atuação.
Conforme o estudo, feito a partir das respostas de 381 (76,65%) dos municípios gaúchos a um questionário do MPRS, 14.829 pessoas adultas e 365 crianças e adolescentes vivem em situação de rua, número que pode ser maior, já que três cidades de médio porte (Esteio, Parobé e Tramandaí) e uma de grande porte (Viamão), não responderam ao questionário do MPRS. Dos municípios participantes, 286 (75,06%) informaram não ter nenhuma pessoa em situação de rua.
O relatório conclui que o direito social à alimentação adequada e segura não vem sendo ofertado para, pelo menos, a metade da população em situação de rua no RS. “O protagonismo do Poder Público no asseguramento do direito encontra-se em xeque”, destaca o material.
O documento aponta também gravíssimo déficit de serviços da Alta Complexidade da Assistência Social (abrigos), já que os informados cobrem apenas 14,72% dessa população, além de baixíssima oferta de Centro POP, de equipes de abordagem social e de Consultórios na Rua; e baixa especialização da Assistência Social e da Saúde no atendimento às pessoas em situação de rua.
É pontuada, por fim, a necessidade de elaboração de política ou plano municipal para a população em situação de rua que produza um desenho articulado entre a assistência social, saúde, segurança alimentar, trabalho e renda, profissionalização, esporte, cultura, lazer, entre outras áreas, além da constituição dos respectivos comitês intersetoriais.
Também conclui a necessidade de movimentos em direção aos municípios de Esteio, Parobé e Tramandaí, de médio porte, e Viamão, de grande porte, que não responderam ao questionário e, ao terem maior número de habitantes, possivelmente têm pessoas em situação de rua.
Confira o material produzido pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul:
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