Moradora de Bento Gonçalves é detida após ser apontada como mandante de assassinato em São Leopoldo

Na manhã desta quarta-feira (24), a Polícia Civil do Rio Grande do Sul desencadeou a operação The Mule. Na ocasião, foram cumpridos mandatos de prisão em Bento Gonçalves, Gravataí, São Leopoldo e, também, na cidade de Praia Grande (SP). A operação é decorrente da investigação do caso em que um casal sofreu um atentado e o roubo do veículo em 18 de dezembro de 2021, na região metropolitana de Porto Alegre. A mulher acabou morrendo e o marido sobreviveu mesmo após alvejado. Os dois eram ligados a uma organização criminosa de São Paulo.

Em Bento Gonçalves, por volta das 7h da manhã um mandato de prisão foi cumprido na rua Fernando Callegari, Bairro Progresso. Uma mulher de 33 anos que é suspeita de estar envolvida com a organização e ser uma das mandantes do assassinato foi detida e posteriormente encaminhada à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento para os trâmites legais. Ela já havia sido detida junto do marido pelo crime de tráfico de drogas no ano passado e, conforme a investigação, teria culpado a vítima por informar para Polícia sobre o esquema de compra e venda de entorpecentes e, por isso, encomendou a morte do mesmo.

A operação The Mule

Conforme informações da Polícia Civil, a operação é decorrente da investigação do caso deste casal que sofreu um atentado no dia 18 de dezembro de 2021, no município de São Leopoldo. Na ocasião, a mulher faleceu e o homem conseguiu escapar com vida, mesmo tendo sido atingido por disparos de arma de fogo. As investigações do órgão apuraram que a vítima sobrevivente era “mula”, ou seja, entregador de drogas de uma organização criminosa paulista. Os bandidos do sudeste atuavam na distribuição de drogas para facções gaúchas.

A execução foi determinada por liderança dessa organização criminosa já que o tribunal da facção, em seu “julgamento”, sentenciou a traição .O fato que originou o “julgamento” foi uma prisão em flagrante de um casal de traficantes de Bento Gonçalves que teria recebido drogas da “mula”. A notícia da prisão foi levada pelos presos ao comando da facção.

Conforme repassado pelo Delegado Cassiano Cabral, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa/DHPP, o veículo do casal que foi atacado foi localizado com um suspeito do crime no dia seguinte. Esse indivíduo foi preso e diversos objetos apreendidos, em especial seu telefone celular. Foram vistas diversas conversas com outros algozes do crime, confirmando sua participação no homicídio. Ainda segundo o Delegado Cabral, o crime foi ordenado pelo casal de Bento Gonçalves que havia sido preso. Outras pessoas arquitetaram o crime do casal e, cada um dos investigados tiveram tarefas específicas, como “planejamento; auxílio material – dinheiro/arma; ocultação das provas; execução do crime”.