Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/divulgação
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o governo tomou a decisão de taxar a importação de derivados de leite de países de fora do Mercosul. A medida foi definida após reunião com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e deverá ser aprovada em breve pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) como forma de tentar diminuir o impacto das compras externas no setor leiteiro nacional.
Fávaro disse ainda que o governo vai aplicar R$ 100 milhões nas compras públicas de leite, a princípio, mas que vê espaço para dobrar ou triplicar esse valor para medidas emergenciais. Em complementação, ele defendeu políticas públicas estruturantes para a cadeia.
“Estamos tomando algumas medidas. Falei com o vice-presidente Geraldo Alckmin (…) e tomamos a decisão de tributarmos vários derivados de leite na importação. Claro que não atinge o acordo do Mercosul, mas todos os outros países que possam trazer queijos, todos os derivados de leite para o Brasil, teremos alíquota de importação maior protegendo os produtores brasileiros”, disse Fávaro.
Ele ressaltou que a medida será aprovada na Camex, que recentemente já tirou a isenção de importação de proteínas de leite.
O ministro também confirmou o valor de R$ 100 milhões que serão aplicados inicialmente para as compras públicas de leite.
“Emergencialmente teremos a compra do leite em pó para trazer os preços mais pra cima para de forma confortável para manter a atividade viável. Deve ser inicialmente a primeira compra em torno de R$ 100 milhões, nos primeiros dias já de recurso disponível. Mas, falando com o presidente da Conab [Companhia Nacional de Abastecimento], Edegar Pretto, a minha sensibilidade é que precisamos no mínimo dobrar ou triplicar esse volume, chegar a R$ 200 milhões ou a R$ 300 milhões emergencialmente”, destacou.
“Mas o mais importante são políticas estruturantes que estamos conduzindo para que tenhamos estabilidade na produção de leite brasileira”, completou.
Em relação à importação de leite de países como Argentina e Uruguai, o ministro ponderou que o acordo com o Mercosul é sensível e o tema está sendo tratado com total atenção pelo governo federal. “O Mercosul é um bloco comercial muito importante para o Brasil. Nós vendemos a esses países produtos manufaturados que nos dão muita competitividade, ganhos e oportunidades, mas isso não pode ocorrer em detrimento de uma cadeia tão importante, que gera empregos, como a cadeia do leite”, comentou.
Nos primeiros sete meses deste ano, o Brasil importou mais de 7,7 milhões de litros, especialmente da Argentina e do Uruguai. Para internalizar o leite o País gastou mais de US$ 31,2 milhões. O volume supera em quase três vezes o que o Brasil importa em período normal.
*Com informações de O Sul
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