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Ministério Público denuncia três policiais por morte de jovem em São Gabriel

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) encaminhou nesta segunda-feira ao Poder Judiciário a denúncia contra os três policiais militares, sendo um sargento e dois soldados, acusados da morte do Gabriel Marques Cavalheiro, de 18 anos, em São Gabriel. Na denúncia, o MPRS acusou os três policiais militares por homicídio triplamente qualificado, por meio cruel, motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, na Justiça Comum.

Os brigadianos, que estão presos preventivamente, também vão responder pelos crimes de ocultação de cadáver e falsidade ideológica na Justiça Militar. No entanto, não está descartada a participação de outros agentes de segurança nos crimes militares.

Ao mesmo tempo, o Ministério Público rechaçou qualquer tentativa de comprometer a investigação e o próprio processo judicial. No domingo passado, um foragido, capturado em Santa Maria, declarou que era o autor do assassinato do jovem em São Gabriel. A Polícia Civil e a Brigada Militar, no entanto, já descartaram a participação desse indivíduo, no crime.

“As investigações que foram realizadas desde o princípio apontaram o envolvimento dos que agora são denunciados”, assegurou o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Júlio César de Melo, durante entrevista coletiva à imprensa nesta manhã em Porto Alegre.

“O MPRS não permitirá e não compactuará com qualquer tentativa de encobrir a verdade dos fatos. A verdade dos fatos é essa que vem expressada pelos colegas que estão atuando desde o início, acompanhando as investigações que apontam o envolvimento, a responsabilidade desses que são agora denunciados”, enfatizou.

“É uma situação que sim deve também ser analisada e deve ser buscada a responsabilidade daqueles que de alguma forma tentaram encobrir a verdade, de tergiversar essa verdade”, acrescentou. “É importante destacar que o MPRS, na sua missão constitucional em defesa da vida, sempre esteve ao lado dos investigadores no sentido de esclarecer os fatos na sua integralidade e que essa investigação ocorresse de uma forma transparente, com lisura e que justamente alcançasse todas as circunstâncias…”, frisou Júlio César de Melo.

Fábio Carnesella

Jornalista com pós graduação em comunicação digital. Atua no jornalismo desde 2002, com passagens por diversos emissoras da serra gaúcha. Assessor de imprensa na Câmara dos Deputados e Diretor de Comunicação da Prefeitura de Flores da Cunha.

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