As indústrias dos segmentos representados pelo SIMECS tiveram um desempenho positivo de 2,7% no terceiro trimestre de 2019, comparativamente ao mesmo período do ano anterior. No acumulado absoluto do ano, até novembro, as receitas somaram R$ 15,68 bilhões, resultado 2,34% menor do que o registrado nos onze meses do ano passado. Na projeção de 2019, considerando-se a média faturada até novembro, estima-se um faturamento total de R$ 17,1 bilhões. A ser alcançado esse resultado, o mesmo representará um crescimento de 6,87% em relação ao ano de 2018.
Em relação aos mercados de atuação, o maior crescimento das receitas se observou nas vendas dentro do estado, com incremento de 13,49%, em relação ao mesmo período de 2018. Já as vendas para fora do estado aumentaram 6,16% na mesma comparação. As exportações, em seu turno, encolheram 6,58%. Em relação às Câmaras Setoriais, o segmento automotivo foi o que puxou a curva ascendente, com crescimento verificado até novembro de 6,95% na comparação com o ano anterior. O setor metalomecânico cresceu 1,44%, e o segmento eletroeletrônico, 1,13% em relação ao mesmo período do ano passado.
Embora o crescimento do setor industrial tenha sido retomado a partir de 2017, o faturamento da indústria caxiense ainda passa longe da média histórica de faturamento no período 2010-2014. Nesse sentido, observa-se que o setor já havia retraído 43,68% no biênio 2015/16, em relação ao faturamento de 2014. Mesmo com o crescimento dos anos de 2017 e 2018, respectivamente de 8,89% e 16,45%, o saldo negativo em termos de receitas no ano passado foi de 28,6% (portanto, quase 29% inferior ao observado em 2014). Considerando a projeção para 2019 descrita (crescimento de 6,87% em relação ao ano de 2018), temos o resultado nos últimos 5 anos (2015 a 2019) ainda negativo em 23,68%, tomando 2014 como base 100. Isso significa dizer que, em 2019, a se concretizar as projeções, e embora o crescimento dos últimos três anos, o faturamento será quase 24% menor do que o registrado em 2014, em valores já deflacionados.
O saldo de empregos na indústria de Caxias seguiu o curso de recuperação que vem sendo verificado desde o ano passado, quando teve resultado positivo ajustado em 2018 de 4.076 postos de trabalho (admissões menos demissões). Assim, em 2019, até novembro, o saldo é positivo de 1.303 postos. No entanto, o número ainda está longe da recuperação do montante de vagas fechadas nos últimos cinco anos. Em 2015, o saldo negativo de empregos foi de 9.263 postos; em 2016, nova queda, de 3.986 vagas. Em 2017, pela primeira vez desde 2013, o saldo foi positivo, embora de apenas 61 vagas. Vale lembrar que em janeiro de 2015 a indústria de Caxias empregava 45,6 mil funcionários. Conta hoje com 38,4 mil trabalhadores empregados.
A análise do faturamento em série histórica temporal, em valores já deflacionados, mostra o tamanho da queda nas receitas da indústria caxiense. Tendo como base a média das receitas anuais no período 2010-2014, de R$ 26,1 bilhões, vemos uma queda para R$ 16,0 bilhões em 2015 (-38,7%), R$ 12,6 bilhões em 2016 (-51,7%), R$ 13,8 bilhões em 2017 (-47,12%) e R$ 16,0 bilhões em 2018 (-38,7%). Considerando a projeção de R$ 17,1 bilhões de faturamento para 2019, a relação ao período 2010-2014 é negativa em 34,48%, ou seja, o setor irá faturar neste ano quase 35% a menos do que a média do período 2010-2014.
Desenvolvimento Regional
As cidades onde estão as empresas representadas pelo SIMECS apresentam vocação industrial, despontando na vanguarda nacional nos mais diversos setores. Com participação ativa e fundamental no desenvolvimento da economia brasileira, as empresas são reconhecidas nacionalmente e internacionalmente.
A indústria como protagonista da história
O balanço social da indústria representada pelo SIMECS, nos 17 municípios abrangidos pela entidade, mostra uma população de 3,3 mil empresas, as quais geram cerca de 50 mil postos de trabalho. No universo específico de Caxias do Sul, são 2,6 mil empresas representadas e 37 mil postos.
Total de Municípios abrangidos: 17;
Empresas Representadas: 3,3 mil;
Total de Postos de Trabalho: 50 mil;
Empresas representadas em Caxias do Sul: 2,6 mil;
Total de Postos de Trabalho em Caxias do Sul: 37 mil.
Câmaras Setoriais Representadas
Automotiva, Eletroeletrônica, Metalmecânica, Micro e Pequenas Empresas e Ferramentarias.
Faturamento em todos os municípios da Base: R$ 21,2 bilhões;
Faturamento do segmento em Caxias do Sul: R$ 15,2 bilhões.
Dados econômicos
A câmara setorial de maior representatividade em termos de receita é, de longe, a Automotiva, com quase ¾ de peso no faturamento do setor. O segmento metalomecânico segue em segundo com 20,39%. Já em relação ao mercado, as vendas para fora do estado representam quase 2/3 do total, seguidas das vendas internas, com 20,46% de representatividade
Faturamento por Câmara Setorial:
Automotiva 73,47%;
Metalmecânica: 20,39%;
Eletroeletrônica 6,14%.
Faturamento por mercado
Fora do Estado: 63,26%;
Dentro do Estado: 20,46%;
Exportações 16,29%.
Dados sociais
No que tange ao número de empresas, o setor metalomecânico gera pouco mais de 71% dos postos de trabalho na indústria local, sendo responsável também por mais da metade (53%) da geração de vagas de trabalho. Em segundo lugar desponta o setor automotivo, com 18,45% e 40,71%, respectivamente, na representatividade em relação ao número de empresas e geração de postos de trabalho.
Empresas por Câmara Setorial:
Metalmecânica 71,77%;
Automotiva 18,45%;
Eletroeletrônica 9,77%.
Funcionários por Câmara Setorial
Metalmecânica 53,00%;
Automotiva 40,71%;
Eletroeletrônica 6,28%.
Remuneração
2016: R$ 1.807.664.660,00;
2017: R$ 1.970.107.285,00;
2018; R$ 1.989.682.322,00.
Participação nos lucros e desenvolvimentos
2016: R$ 81.323.694,00 ;
2017: R$ 80.803.716,00;
2018: R$ 107.683.449,00.
Remuneração média/mês por trabalhador
2016: R$ 3.349,00;
2017: R$ 3.418,00;
2018: R$ 3.496,00.
Benefícios média/mês por trabalhador suportados pelas empresas
2016: R$ 631,00;
2017: R$ 652,00;
2018: R$ 711,00.
Remuneração mais benefícios média/mês por trabalhador
2016: R$ 3.980,00;
2017: R$ 4.070,00;
2018: R$ 4.207,00.
Assistência médica, assistência hospitalar e assistência odontológica
2016: R$ 90.717.629,00;
2017: R$ 104.962.240,00;
2018: R$ 118.082.974,00.
Alimentação
2016: R$ 70.873.832,00;
2017: R$ 77.198.106,00;
2018: R$ 80.958.530,00.
Transporte
2016: R$ 63.417.611,00;
2017: R$ 60.142.711,00;
2018: R$ 62.011.980,00.
Creche
2016: R$ 3.105.698,00;
2017: R$ 3.618.518,00;
2018: R$ 3.396.820,00.
Seguro de vida
2016: R$ 15.276.396,00;
2017: R$ 16.637.150,00;
2018: R$ 16.227.180,00.
Auxílio escolar
2016: R$ 6.384.615,00;
2017: R$ 5.971.534,00;
2018: R$ 5.672.807,00.
Equipamentos de segurança
2016: R$ 30.675.046,00;
2017: R$ 33.528.718,00;
2018: R$ 40.629.151,00.
Outros
2016: R$ 14.918.956,00;
2017: R$ 17.408.179,00;
2018: R$ 21.062.366,00.
Planos de meio ambiente
2016: R$ 25.942.697,00;
2017: R$ 29.309.507,00;
2018: R$ 30.766.567,00.
Programas de treinamento em geral e capacitação
2016: R$ 7.786.475,00;
2017: R$ 10.062.710,00;
2018: R$ 12.634.947,00.
Aposentadoria complementar/privada
2016: R$ 20.690.851,00;
2017: R$ 24.084.514,00;
2018: R$ 27.522.491,00.
Comunicação e integração
2016: R$ 2.065.798,00;
2017: R$ 3.245.808,00;
2018: R$ 2.375.221,00.
Outros programas
2016: R$ 4.047.673,00;
2017: R$ 4.915.205,00;
2018: R$ 5.125.388,00.
Alfabetização nas empresas escolaridade
Em relação às proporções de escolaridade, vemos que as empresas da base do SIMECS seguem em patamares consideráveis de formação de seus quadros. Nesse sentido, observa-se que 20,5% dos funcionários possuem curso superior completo e/ou pós-graduação. Também chama a atenção o número de pessoas com no mínimo o ensino médio completo (quase 41%), bem como o reduzido montante de colaboradores com fundamental incompleto (5,81%).
Médio técnico completo: 4,02%;
Superior incompleto: 14,53%;
Superior completo: 12,57%;
Pós-graduação ou maior: 7,95%;
Fundamental incompleto: 5,81%;
Fundametal completo: 14,19%;
Analfabetos: 0,03%;
Médio completo: 40,89%.
Esses resultados encontram-se diretamente atrelados à política de incentivos das empresas em relação à educação, presente em 65% da amostra pesquisada. Nesse contexto, também chama a atenção o elevado número de empresas que concedem plano de saúde aos funcionários (96%), bem como participação nos lucros e resultados (49%).
Empresas com benefícios na área da saúde e educação
Programas internos de qualidade de vida
As empresas do SIMECS possuem algum tipo de programa implantado, com destaque para os seguintes:
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