A morte do empresário Moysés Michelon na terça-feira, dia 31, foi lamentada por autoridades e lideranças de Bento Gonçalves, que lembraram a trajetória comunitária e a visão empreendedora do primeiro presidente da Fenavinho. Para o prefeito Guilherme Pasin, que decretou luto oficial por três dias, o legado de Michelon é importante para a cidade. Entre eles, o prefeito ressalta o incentivo à criação dos símbolos da cidade. “Foi um dos grandes incentivadores de marcos históricos do nosso município, com o incentivo à criação da bandeira e também do hino municipal. É também o homenageado de 2017 em Bento Gonçalves”, afirmou.
O exemplo de otimismo e a trajetória empreendedora é ressaltada como fundamentais para explicar a importância do empresário. Para o presidente do Centro da Indústria, Comércio e Serviço (CIC) de Bento Gonçalves, Michelon precisa ser lembrado: “Nós precisamos seguir com ele sempre na nossa lembrança para levá-lo como exemplo para todos nós”, afirmou.
“Um homem que dificilmente conseguirá alguém substituí-lo, pela sua perseverança, seu histórico, sua bondade, lealdade”, afirmou o presidente do Sindicato Empresarial de Gastronomia e Hotelaria Região Uva e Vinho (Segh), João Leidens.
O ex-sócio e parceiro na diretoria da Isabela, Claudio Pegoraro, lembrou o aprendizado constante no convívio. “Quero testemunhar que eu aprendi muito trabalhando com ele, um homem de visão”.
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O otimismo e a proatividade de Michelon também foi destacado como marca permanente na personalidade do empresário até o final da vida. Para a presidente do Conselho Municipal de Turismo (Comtur) de Bento Gonçalves, Márcia Ferronatto, Michelon era “uma pessoa antenada”: “O que a gente precisa deixar registrado é o legado, o ensinamento e o convívio. Ele nos ensinou muito e sempre foi um empreendedor e um idealista, uma pessoa disposta a tudo”.
Esta imagem e a disposição também são destacadas pelo diretor de marketing do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Diego Bertolini. “Eu olhava um guri na minha frente”, disse ao recordar de um dos últimos encontros e da atuação de Michelon para resgatar a Fenavinho. “Que todo esse movimento que ele vinha desenvolvendo sirva de inspiração para toda a comunidade e para todas as lideranças”.
Essa dedicação para a reconstrução da Fenavinho também é destacada pelo empresário do setor turístico Gilberto Durante como “uma energia acima da média. “Ele estava sendo o conselheiro importante nesse sentido”.
As últimas homenagens ao empresário estão sendo realizadas na Sala A da Capela São José, e o sepultamento está marcado para as 17h, no Cemitério Público Municipal.
Confira o que disseram:
Guilherme Pasin, prefeito de Bento Gonçalves
“Nós já contávamos com a volta dele, afinal, a meta dele era os 100 anos, e esses 17 anos certamente farão muita falta para nós. É um dia muito triste. Ficamos perplexos, porque o quadro indicava melhora. Uma das maiores lideranças que Bento Gonçalves já teve em sua história. No turismo, a gente fica muito entristecido, mas ao mesmo tempo lembra que o legado dele fica. Com certeza, ele vai permanecer vivo entre nós por muitos e muitos anos. O exemplo que ele deixou de uma pessoa honesta, competente, dedicada, muito pouco se preocupou com ele próprio e sim sempre com nossa sociedade. É um exemplo que a gente a cada dia tem que seguir e praticar para com certeza ter essa sociedade que ele ajudou a construir”
Rodrigo Parisotto, secretário de Turismo de Bento Gonçalves
Laudir Piccoli, presidente do CICBG
“Sempre é uma perda, uma personalidade dessas que parte e você não repõe. Vamos ter que seguir o exemplo dele e reforçar a luta e o trabalho para compensar um pouco essa perda. Todo o setor fica afetado com essa grande perda, mas vamos levantar a cabeça e ir em frente”
Rinaldo Dal Pizzol, empresário vitivinícola
“Todos ficamos consternados. Nós perdemos um ícone bento-gonçalvense, alguém que, muito mais que um empresário de Bento Gonçalves, era alguém comprometido com as causas de Bento Gonçalves, com o empreendedorismo, com os bons projetos e boas ações, alguém que dedicou praticamente toda a sua vida pela nossa cidade e pelas grandes ações que fazem parte do dia a dia da nossa sociedade. Todas as homenagens que neste momento nós pudermos fazer à história de Moysés Michelon certamente elas vêm a reconhecer e enaltecer e dizer o quanto ele foi importante não só para a nossa cidade como para a região e o país. Eu diria que Moysés Michelon foi um desbravador”
Moisés Scussel Neto, presidente da Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves
“Uma pessoa extremamente solícita, participativa, uma liderança acima da média. Uma perda bastante grande, que nos deixa tristes. Tivemos a oportunidade há poucos dias de passar algumas horas a mais conversando e vimos uma energia acima da média, extremamente otimista, pensando em ajudar e fazer com que a cidade de Bento Gonçalves cada vez mais seja uma cidade boa para quem vive aqui e também para quem nos visita. Nesse momento em que se discute o retorno da Fenavinho, ele estava sendo o conselheiro importante nesse sentido. Sentiremos a falta como ser humano, como pessoa, conselheiro e amigo. Fica difícil até dimensionar o tamanho dessa perda neste momento”
Gilberto Durante, empresário do turismo
“Ainda estamos chocados, não esperávamos isso. O que a gente precisa deixar registrado é o legado, o ensinamento e o convívio. Ele nos ensinou muito, sempre foi um empreendedor e um idealista, uma pessoa disposta a tudo. Ele era uma pessoa antenada. O importante é que ele realmente viveu a vida, deixou um legado e ensinou muito. Vamos sentir falta desse empreendedor, desse idealista e desse grande amigo”
Márcia Ferronatto, presidente do Comtur
João Leidens, presidente do Segh
“Ele tinha uma visão diferenciada, ele pensava o coletivo principalmente. Sem dúvida nenhuma, não é a família Michelon que perde, não é Bento Gonçalves que perde, e sim é a região que perde uma pessoa do bem, uma pessoa que queria o bem dele, o bem da família e o bem da coletividade”
Álvaro Manzoni, secretário de Turismo de Monte Belo do Sul-Brasil
Diego Bertolini, diretor de marketing do Ibravin
João Strapazzon, presidente da Fenavinho
“Tive a felicidade de poder trabalhar junto com seu Moysés durante 15 anos e crescermos juntos. Quero testemunhar que eu aprendi muito trabalhando com ele, um homem de visão. Eu diria que a comunidade regional perde um de seus grandes líderes. Um homem que deixa exemplos de vida, uma perda lastimável”
Claudio Pegoraro, ex-sócio
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