Segundo estudos recentes, 33 milhões de brasileiros não têm garantido o que comer | Foto: Antonio Cruz/Ag Brasil/ divulgação
Os estudos mais recentes, que apontam que mais de 33 milhões de brasileiros não têm garantido o que comer, reverberam na segunda maior cidade do Rio Grande do Sul. A diretora de Segurança Alimentar e Nutricional de Caxias do Sul, Cristina Gregoletto, alertou para dados graves da fome, durante a abertura da Campanha da Fraternidade, no dia 22 de fevereiro.
De acordo com a diretora do órgão, que é ligado à Secretaria Municipal da Agricultura, a partir de números baseados no Cadastro Único (CadÚnico), 43 mil pessoas se encontram em estado de insegurança alimentar, ou seja, não possuem acesso a refeições diárias em Caxias do Sul. A situação é ainda mais grave para os que vivem em condição de extrema pobreza, com até R$ 105,00 per capita por mês.
“A gente tem esse número próximo a 28 mil pessoas hoje em Caxias do Sul. É impossível qualquer pessoa sobreviver com essa quantidade (de dinheiro)”, revelou Cristina Gregoletto.
Ela entende que, apesar de o município ter potencial econômico, ainda há um retrato de vulnerabilidade presente.
“A gente tem imagem de que Caxias é uma cidade rica, mas vendo o que vemos hoje nas ruas, de tantas pessoas pedindo, e também nas periferias da cidade, a gente vê que esses números realmente aumentaram, e foram potencializados a partir da pandemia”, observou.
Esse contexto é realidade, também, em nível estadual. De acordo com a diretora de Segurança Alimentar, de forma inédita, as regiões Sul e Sudeste configuram no mapa da fome do Brasil.
“Somos o estado da Região Sul que tem mais pessoas em insegurança alimentar grave”, afirmou Cristina.
Conforme levantamentos da Secretaria Estadual de Assistência Social, 52% dos domicílios gaúchos vivem com algum nível de insegurança alimentar. Dessa porcentagem, 22% se encontram com nível leve; 11,3% com nível médio e 14,1% com nível grave, que é quando a família está em privação severa do consumo de alimentos, o que inclui ausência de consumo durante um dia inteiro ou mais.
Para estancar os números da fome, a diretora Cristina Gregoletto ressaltou a importância de programas e iniciativas sociais.
“A junção de poder público, sociedade civil e instituições a gente tem um resultado muito melhor. Temos o Banco de Alimentos, Restaurante Popular, cozinhas comunitárias, hortas comunitárias, tem o Troca Solidária também. São programas que, com certeza, minimizam essas situações, mas infelizmente não tem recursos suficientes para atender as pessoas”, finalizou.
Para mais informações sobre esses programas, acesse: https://caxias.rs.gov.br/servicos/agricultura/diretoria-de-seguranca-alimentar-e-inclusao-social/banco-de-alimentos
Leve: ansiedade ou dúvida sobre a disponibilidade futura de alimentos para suprir as necessidades dos moradores do domicílio.
Moderada: a qualidade dos alimentos e sua variedade está comprometida, a quantidade ingerida se reduz de forma drástica ou, ainda, diretamente, determinadas refeições não são realizadas.
Grave: privação severa do consumo de alimentos, o que inclui ausência de consumo durante um dia inteiro ou mais.
Fonte: Secretaria Estadual de Assistência Social
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