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Indicador do aluguel acumula mais de 20% de aumento em 12 meses

O principal indicador para reajuste dos contratos de aluguel, o Índice Geral de Preço – Mercado (IGP-M), segue a tendência de elevação, afirma a Fundação Getúlio Vargas. Aqueles com contrato, seja residencial ou comercial, próximo de completar um ano, pode ter um susto na hora de renegociar. No acumulado dos últimos 12 meses, teve aumento de 20,5%.

Em comparação com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede o comportamento dos preços em serviços e consumo, de outubro do ano passado até agora, o acumulado é de 3,5%.

Pela tabulação da FGV, a inflação do aluguel teve uma pequena desaceleração em outubro se comparado com setembro. Ainda assim, em 2020 o indicador tem uma alta de 17,7%. Esse aumento quase seis vezes maior do que a inflação oficial medida pelo IBGE tem como causador a desvalorização do real no mercado externo, a elevação dos preços ao produtor rural e também os custos dos materiais de construção.

Pela estimativa do Sindicato das Imobiliárias do RS (Sicovi), cerca de 90% dos contratos entre inquilinos e locatários tem como base de reajuste o IGP-M. “Importante deixar claro, o locatário não estabelece os percentuais de aumento. Caso o contrato esteja no final, ele pode aplicar a regra prevista e pedir a revisão com base no IGP-M”, alerta o delegado do sindicato no Vale do Taquari, Marco Aurélio Munhoz.

Para ele, em que pese o momento de instabilidade econômica devido ao coronavírus, o importante agora é o bom senso. “É preciso conversar. Caso haja uma boa relação entre inquilino e locatário, o melhor é o diálogo para se chegar a um consenso”, sugere.

Frente a essa elevação do indicador dos aluguéis, Munhoz realça a importância das imobiliárias. Afirma que são capazes de auxiliar na busca de entendimento entre locatários e inquilinos.

Diferença entre inflação dos aluguéis e a oficial

A fórmula de cálculo do IGP-M e do IPCA é a diferença entre os indicadores. O IPCA (a inflação oficial) verifica a variação média de preços de bens e serviços usados pelo consumidor, como os alimentos, refeições em restaurantes, artigos de limpeza, gasolina ou tarifas do transporte público. Por isso, é o termômetro da atividade econômica do país, pois indica o comportamento do emprego, da renda e do consumo.

Já o IGP-M avalia a variação de preços no atacado e para o produtor. Nisso, entram produtos básicos com preços cotados no mercado internacional. Diferentes do que ocorre no país. Trata-se de matérias-primas com influência da taxa de câmbio.

Para explicar o acumulado acima dos 20% do IGP-M, analistas apontam que a moeda brasileira perdeu valor no mercado internacional. Os commodites, como soja e milho, acumulam alta, o mesmo para os materiais de construção civil, também estão mais caros, a tendência é que o índice dos aluguéis permaneça avançando nos próximos meses.

Fonte: Grupo A Hora

Paula Brunetto

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