IBGE aponta que mais de 876 mil pessoas em 300 municípios gaúchos foram afetadas pela cheia

Foto: Cesar Lopes/Prefeitura de Porto Alegre

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou nesta sexta-feira uma nova área no Singed Lab, seu laboratório de inovação, voltada para informações detalhadas sobre as enchentes que ocorreram no Rio Grande do Sul.

Os dados disponíveis ao público foram compilados a partir de diversas fontes, incluindo observações do Censo 2022, órgãos governamentais, o Exército e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O levantamento revela que 876.564 pessoas em 300 municípios gaúchos foram diretamente afetadas pela cheia. Canoas, na região metropolitana, lidera com 160.677 atingidos, seguida por Porto Alegre, com 152.258. Estes números representam 8,05% da população estadual, que é de 10.882.965 habitantes, conforme o último Censo.

Em termos percentuais, Eldorado do Sul foi o município mais afetado, com 81,2% de sua população impactada, seguido por Muçum, no Vale do Taquari, com 74,5%. Em Porto Alegre, 11,4% da população foi afetada, percentual similar ao de Alvorada, com 11,3%. Porto Alegre também lidera em número de domicílios particulares em áreas afetadas, com 85.123 residências impactadas, seguido de Canoas, com 69.196. Muçum, por sua vez, lidera em percentual de domicílios atingidos, com 72,7%, seguido por Eldorado do Sul, com 71,4%.

O presidente do IBGE, Márcio Pochmann, ressaltou a importância do trabalho do IBGE em auxiliar prefeituras, entes governamentais, a iniciativa privada, universidades e a população em geral na tomada de decisões pós-enchente. Ele destacou que o esforço foi possível graças à qualidade e competência dos técnicos do instituto, que trabalham com o objetivo de transformar a realidade das pessoas afetadas por desastres climáticos.