A superintendente do Hospital Pompéia, Lara Sales Vieira, anunciou em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, dia 16, o encerramento da prestação de serviços da ala da maternidade da instituição, sendo para os atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) e rede privada. Conforme a instituição eram realizados aproximadamente 150 partos mensalmente, sendo que 95% pelo SUS.
O fechamento da maternidade leva em conta o levantamento financeiro da instituição, além da prioridade de atendimento para os serviços de alta e médica complexidade para 40 especialidades. O prazo de encerramento total das atividades será em 90 dias, a partir da notificação, que foi realizada ao município nesta terça-feira, dia 16.
Durante o encontro foi anunciado também a renovação do contrato de prestação de serviços para a Prefeitura de Caxias do Sul, sendo que o atual contrato vence no dia 30 de setembro. O novo acordo que terá ainda diversas cláusulas debatidas com a administração pública caxiense, prevê o atendimento de 60% dos serviços pelo SUS, e não a ocupação de 60% dos leitos, como a secretaria da saúde defendia.
Além de Caxias do Sul, o Hospital Pompéia é referência de alta e média complexidade para outros 48 municípios. Realizando mais de 12 mil exames anuais, com 417 mil atendimentos ambulatoriais (51% dos atendimentos da região) , e foi responsável em 2021 por mais de 8.900 internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Nós últimos anos dois anos a instituição foi responsável pelo investimento em diversas áreas. As ampliações físicas foram realizadas em parceria com a comunidade, além de investimentos próprios nas alas de pós-operatório, enfermaria SUS, equipamentos de mamografia, tomografia e ressonância. O Hospital conta atualmente com mais de 1.600 colaboradores, e gera mais 2.200 empregos indiretos.
Nos primeiros sete meses o Hospital Pompéia acumulou um déficit de aproximadamente R$1,2 milhões, sendo que, os prejuízos é uma tendência das demais instituições filantrópicas. As administrações apontam que os hospitais brasileiros atualmente contam com uma dívida de R$ 20 bilhões, sendo que, nos últimos anos foram fechadas 315 casas de saúde no país.
As dificuldades financeiras são apontados pela falta de reajuste adequado da tabela de serviços do Sistema Único de Saúde. Dados apontam que desde 1994 os valores tiveram um reajuste de 93%, sendo que, o índice de reajuste de contratos e serviços, medidos pelo INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor, foi de 636%.
A prefeitura de Caxias do Sul, através da assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde, informou que a posição oficial será divulgada nas próximas horas. Uma reunião está agendada para a tarde desta terça-feira, dia 16, entre Coordenadoria Regional de Saúde, prefeitura de Caxias do Sul, Conselho Municipal da Saúde e Comissão da Saúde da Câmara de Vereadores.
Confira a matéria completa com a coletiva:
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