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Garota de programa morta em Bento Gonçalves: “Ele despreza a profissão. Não aceita esse comportamento”, afirma delegado sobre suspeito

O caso da garota de programa morta em Bento Gonçalves ganhou novos desdobramentos na noite de sexta-feira (25), com a prisão do principal suspeito, em Imbé, e o depoimento da companheira dele, encontrada na mesma localidade. À noite, o delegado responsável pelo caso, Renato Nobre, da 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP), concedeu entrevista coletiva em que esclareceu alguns pontos do crime.

Em primeiro lugar, Nobre destacou que o suspeito, identificado à imprensa apenas pelo primeiro nome, Mateus, manifestou o direito de permanecer em silêncio durante depoimento. A companheira dele, entretanto, relatou aos policiais, em depoimento, que Mateus inicialmente havia dito a ela ter cometido homicídio contra um homem, em reação após ser agredido. Posteriormente, porém, ele teria confessado o crime a ela.

Nobre detalhou, ainda, como funcionou a investigação do caso. “Iniciamos ainda no sábado quando ficamos sabendo. Fizemos todo o trajeto da vítima em Bento Gonçalves. Ela foi a uma lotérica e depois a um shopping da cidade. De lá, pegou um carro por aplicativo que conseguimos monitorar. Identificamos o carro e o condutor. Com ele, identificamos o local exato onde a vítima foi deixada. Lá, verificamos com a vizinhança em qual casa ela tinha ido. Depois, com as evidências, fomos até o matagal e encontramos o corpo. Conseguimos imagens e testemunhos que nos mostram que ela foi levada ao matagal ainda com vida. O agressor conduziu a vítima andando, acreditamos que à base de ameaças, e em um intervalo muito curto de tempo a executou com várias facadas.”

Nobre ressaltou, ainda, que o acusado tem histórico de agressões sexuais, contra outra garota de programa e contra um enteado. “Por isso, acreditávamos que ele tinha atraído a vítima para praticar abusos. Mas não teve, a princípio, o abuso sexual. Ele a levou ao local e a executou. Mas com os depoimentos colhidos, os indícios são de que não queria bens materiais da vítima e não tinha contato com ela anteriormente. Ao que tudo indica, foi uma prática de homicídio qualificado por motivo fútil ou torpe, sem a vítima poder se defender.”

Sobre a motivação, o delegado rechaçou, ainda, a ideia de que Mateus estaria atuando sob efeito de drogas ou álcool. “A princípio estava sóbrio. Ele despreza de certo modo a profissão que a vítima tinha. Ele não aceita esse tipo de comportamento e trabalho. Parece ter sido esse motivo para executá-la.”

A investigação segue durante o final de semana, com a busca por pertences que a garota de programa morta teria deixado pelo caminho, como telefones celulares. Todo o material será encaminhado à Justiça, com o objetivo de transformar a prisão, atualmente preventiva, em permanente.

Leon Sanguiné

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