Foto: Divulgação/MP
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) deflagrou nesta quarta-feira (10), uma operação em busca de mais provas sobre associação criminosa constituída por ex-dirigentes do Grêmio Esportivo Brasil (GEB) de Pelotas, que desviava e se apropriava de recursos do clube.
O nome da operação é uma alusão a um torcedor ícone e que ganhou até uma estrela na calçada da fama do estádio Bento Freitas: Argemiro Severo Gonçalves, o Marcola, falecido em 2002. São cumpridos 10 mandados de busca e apreensão no município do Sul do Estado, e em Contagem, Minas Gerais.
A determinação judicial que ordenou as buscas, atendendo a um pedido do MPRS, também decretou o bloqueio de valores e indisponibilidade de bens dos investigados, além de afastar o sigilo bancário dos suspeitos. A chamada “Operação Marcola” é resultado de um procedimento investigatório criminal instaurado no ano passado após a atual gestão do clube de futebol procurar o 10º Núcleo Regional do GAECO — Região Sul — e a Promotoria de Justiça Especializada de Pelotas. A ação conta com cerca de 80 agentes do MPRS, do GAECO do Ministério Público de Minas Gerais e do 5º Batalhão de Choque da Brigada Militar.
Os mandados são cumpridos no estádio Bento Freitas, empresas, escritório de contabilidade e nas residências de três investigados. O objetivo é apreender documentos, como contratos, pagamentos e notas fiscais, além de anotações diversas, dinheiro, celulares, notebooks e mídias digitais sobre irregularidades ocorridas entre o final de 2021 e junho de 2023. Desta forma, o MPRS pretende apurar o valor exato do prejuízo causado à agremiação esportiva.
Conforme a investigação, houve apropriação de parte de uma verba enviada para o time de Pelotas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), outra repassada por uma empresa patrocinadora do Brasil e uma terceira oriunda dos recursos provenientes dos sócios do clube. Dois dos suspeitos faziam parte da antiga administração e um terceiro é presidente de uma associação privada. A ordem judicial cumprida em Minas Gerais é referente a um dos suspeitos que, atualmente, mora neste Estado da Região Sudeste. O mandado no estádio ocorre apenas para verificar se há ainda algum contrato remanescente da antiga gestão, já que a atual foi quem denunciou os delitos.
“O grupo tem preocupação constante no combate a associações criminosas, não somente aquelas que utilizam da violência e do tráfico de drogas, mas também aquelas associações criminosas que fraudam instituições públicas, instituições privadas e também entidades esportivas”, salienta o coordenador do GAECO no Rio Grande do Sul, promotor de Justiça André Dal Molin.
Dois promotores de Justiça são responsáveis pela investigação e a operação. O promotor Rogério Meirelles Caldas, do GAECO Sul, destaca que são recursos que foram recebidos pelos investigados para custeio das suas atividades em prejuízo ao próprio clube e também de um condomínio de credores existente na Justiça do Trabalho. Já o promotor José Alexandre Zachia Alan, da Promotoria Especializada de Pelotas, diz que a Operação Marcola é uma iniciativa do MPRS para garantir a lisura na gestão do patrimônio das agremiações esportivas e, muito especialmente, para garantir a cultura de honestidade no futebol. Também participaram os promotores de Justiça Diego Pessi, Manoel Antunes, João Beltrame, Maristela Schneider e Adriano Zibetti.
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