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Floricultores pedem socorro as vésperas de uma das datas mais importantes para o setor em Caxias

Assim como o mercado em geral, as floriculturas de Caxias também estão sentindo os reflexos de ter  que seguir os protocolos de bandeira preta, adotada como modelo de distanciamento pelo governo no Rio Grande do Sul desde a semana passada, e que vai continuar na semana que vem.

O cancelamento de eventos foi o principal motivo das perdas registradas pelo setor durante o ano passado desde o início da pandemia, assim como o fechamento dos pontos de vendas em datas consideradas importantes para o comércio das flores. No momento as floriculturas estão liberadas para trabalhar apenas no sistema de tele entregas ou vendas pela internet.

De acordo com Elisabete Maria Breitembach, proprietária de floricultura há mais de 20 anos, a prefeitura de Caxias deveria liberar a abertura dos estabelecimentos nem que seja no fim de semana que antecede o Dia Internacional da Mulher, data importante para a vendas do setor.

“Esse é um momento em que a prefeitura poderia autorizar a venda. O meu protesto é que aqui as floriculturas não são reconhecidas como agronegócios ao contrário outras cidades onde setor das flores estão abertos. Nós trabalhamos com todo o zelo e seguindo os protocolos também temos esse direito nem que seja nos próximos dois dias para diminuir os prejuízos”, desabafa.

A comerciante lembra também que sua loja está repleta de flores de corte e que em uma semana já não terá condições de venda. Ela ainda aponta que de acordo com a portaria número 116, expedida pelo Ministério da Agricultura, no dia 26 de março do ano passado, o comércio de flores se enquadraria como produto perecível e por isso deveria estar aberto.

De acordo com o secretário de urbanismo de Caxias do Sul, João Ubaldo Uez, a prefeitura está seguindo as ordens do decreto do estado que restringe o funcionamento das floriculturas na cidade.

Foto: Mauro Teixeira

Mercado de flores
Para se ter uma ideia da grandeza do mercado floricultor do país, de acordo com o Ibraflor, o Brasil tem cerca de 8.300 produtores, 60 centrais de atacado (como as cooperativas, por exemplo), 680 atacadistas e prestadores de serviço e mais de 20 mil pontos de varejo. São cerca de 15.600 ha de área cultivada, o que coloca o país no oitavo lugar entre os maiores produtores de plantas ornamentais do mundo.

Apenas em 2019 foram criados 209 mil postos de trabalho no setor, sendo que 54% dessas vagas são no varejo, 39% na produção, 4% no atacado e 3% em outras funções.

Mauro Teixeira

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