Farroupilha encerra mês de fevereiro como um dos mais violentos da história

Considerada uma cidade em que os índices de criminalidade estiveram dentro de uma normalidade, Farroupilha viu no mês de fevereiro de 2022 um dos mais violentos dos últimos anos. Entre os dias 16 e 27 deste mês, seis pessoas foram mortas de forma violenta. Entre os casos, dois duplos homicídios registrados em pouco mais de 12 horas no mesmo dia.

Em janeiro a cidade já tinha registrado um duplo homicídio, na região do antigo desvio do pedágio, quando Ariomar Rodrigues da Silva, 55 anos, e Laurentina de Fátima Pereira, 59 anos, foram mortos a tiros, no dia 22. No dia 30 do mesmo mês, Leocir Alves, de 41 anos, foi morto no bairro América.

Houve uma certa tranquilidade até o dia 16, quando por volta do meio dia Daniel Rodrigues, de 30 anos, e Kevin dos Santos, de 18 anos, foram mortos a tiros no pátio do residencial Morada do Sol, no bairro Industrial.

Mais tarde, por volta das 22h30min, Elisandra Flores dos Santos, 33 anos e Daniel Carlos Conceição Ferreira, 37 anos, foram mortos no núcleo da Sfan, no bairro São José. O local viria ser palco das demais mortes do mês.

No dia 22, Ediomar Pirolli dos Santos, 33 anos, foi morto por volta das 7h, com diversos disparos de uma espingarda calibre 12. Já a última morte foi no dia 27, por volta das 18h, no mesmo local, o cruzamento da Rua Sobradinho com a Tercilio de Melo. Sedinei da Silva, de 27 anos, também foi alvejado com disparos de espingarda.

Além disso, a cidade registrou duas tentativas de homicídio, uma no São José e outra no Nova Vicenza, uma tentativa de feminicídio, também no Nova Vicenza, e dois incêndios criminosos em residências do bairro São José no mesmo período.

Até o momento, um adolescente, de 17 anos, foi apreendido. Ele é acusado de ter cometido o duplo homicídio do bairro Industrial. Além disso, oito pessoas foram presas, e armas e drogas apreendidas durante a Operação Retorno, delfagrada pela Polícia Civil e Pela Brigada Militar, no dia 23.

Conforme a Polícia Civil, praticamente todos os casos de mortes violentas têm relação com o tráfico de drogas e a guerra entre as facções que toma conta da Serra Gaúcha. As investigações prosseguem em todas as ocorrências.