Farroupilha deve colher até 80 milhões de quilos de uva em 2025

As projeções são muito positivas quanto a colheita da uva em Farroupilha. Segundo as estimativas, a expectativa é que em 2025 o município tenha uma safra de 70 a 80 milhões de quilos da cultura, que vão diretamente para a indústria.

O resultado expressivo se deve ao clima que não ocasionou tantas intempéries, diferente do que foi visto nos últimos anos. No entanto, do final de dezembro e durante janeiro houveram episódios de granizo que resultaram na queda de parreiras.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são cultivados aproximadamente 3.730 hectares da cultura na cidade, sendo predominantes as variedades da uva Moscato, Bordô e Isabel.

O retorno financeiro ao município também é considerável. A produção deve gerar entre R$ 120 a 130 milhões. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Farroupilha (Sintrafar), Márcio Ferrari, em entrevista ao Portal Leouve, exemplificou como a safra deve impactar na cidade:

“É um bom valor que deve entrar para a economia do município e isso com certeza move a cidade. Além disso este valor pode futuramente chegar no comércio, nas atividades, gerando imposto para Farroupilha, porque toda esta uva é industrializada”, frisou.

A safra de 2025 é considerada muito importante para os produtores de uva em Farroupilha, já que ela representa uma espécie de recomeço, seja pelo volume produzido e também pela qualidade do produto.

Com o aumento das dificuldades encontradas nos últimos anos, muitos produtores acabaram desistindo do cultivo de uva. Ferrari fez um apelo, principalmente para aqueles que fazem parte da agricultura familiar:

“Esperamos que os agricultores continuem produzindo uva, para que a agricultura familiar continue no município. A pressão é grande sobre a agricultura em uma maneira geral, nós somos sempre vistos como causadores do mau tempo, das estiagens, dos temporais, mas a agricultura familiar de Farroupilha e região é a que preserva e também consegue recompor a vegetação em nosso relevo”, finalizou o presidente do Sintrafar.