Ao condenar o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine nesta quinta-feira, dia 7, a 11 anos de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em um dos processos da Operação Lava Jato, o juiz Sérgio Moro afirmou que “o último comportamento que dele se esperava era de corromper-se”.
Moro disse que Bendine assumiu o cargo exatamente para solucionar o escândalo de corrupção na empresa, mas solicitou e recebeu propina do Grupo Odebrecht durante o período em que esteve no cargo, entre fevereiro de 2015 a maio de 2016, em substituição a ex-presidente Graça Foster.
“O condenado assumiu o cargo de presidente da Petrobras em meio a um escândalo de corrupção e com a expectativa de que solucionasse os problemas existentes. O último comportamento que dele se esperava era de corromper-se, colocando em risco mais uma vez a reputação da empresa”, sentenciou o juiz.
Moro determinou o início de cumprimento da pena em regime fechado. Bendine está preso preventivamente no Complexo Médico-Penal (CMP) de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, desde julho do ano passado, como resultado das investigações da Lava Jato. Ele foi citado como um dos beneficiários de pagamento de vantagens indevidas em delação feita pelo empresário Marcelo Odebrecht, que revelou ter autorizado repasse de R$ 3 milhões a Bendine. Após o depoimento, a defesa de Bendine considerou o depoimento como ilação e disse que Marcelo reconheceu não ter recebido diretamente cobrança de vantagens.
De acordo com a sentença, Bendine poderá solicitar a progressão do regime depois que devolver o “produto do crime”.
O ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, com penas somadas de dez anos e seis meses de reclusão, também foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. Por conta do acordo de delação premiada, Odebrecht seguirá em prisão domiciliar, que está cumprindo desde dezembro depois de passar dois anos e meio preso.
Além deles, outras três pessoas também foram condenadas por Moro. André Gustavo Vieira da Silva foi condenado a seis anos, seis meses e 20 dias em regime semiaberto; Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis, condenado a oito anos e seis meses de reclusão, e Álvaro José Galliez Novis, que vai cumprir quatro anos e seis meses em regime semiaberto. Por terem firmado acordo de colaboração com a Procuradoria Geral da República, Reis e Novis têm benefícios no cumprimento das penas, como a progressão para regimes especiais.
Denunciado na ação, Antônio Carlos Vieira da Silva Júnior foi absolvido por Moro por falta de provas.
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