O mês de julho ficará marcado na hiStória do transporte brasileiro por ar. Aconteceu no dia 24, em São Carlos (SP) o voo inaugural do dirigível da Airship do Brasil o ADB 3-X01, primeiro dirigível tripulado produzido na América Latina. A empresa é presidida pelo empresário bento-gonçalvense Paulo Vicente Caleffi.
O voo foi alavancado por investimentos da ordem de R$150 milhões, desde a a concepção e fabricação do modelo, com parte dos recursos foi financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social – BNDES, além do apoio de várias instituições e empresas como a Transportes Bertolini uma das sócias da companhia. Atualmente, 53 pessoas trabalham na área de projetos da Airship em São Carlos.
O dirigível tem capacidade de carga de 1,2 tonelada e espaço para cinco passageiros. Com 49 metros de comprimento e 17 metros de altura, ele pode atingir até 85 km/h e tem autonomia de cinco horas. A aeronave poderá ser empregada por forças armadas e no mercado civil. O processo de certificação do modelo deve ser finalizado no próximo ano, período em que a empresa deve iniciar também a sua comercialização. “Hoje, dirigíveis são comercializados por 40 milhões de dólares. Nós esperamos entregar um produto melhor do que o que já é fabricado por um preço estimado de 20 milhões de dólares”, informa Paulo Caleffi.
O ADB 3-X01 poderá ser utilizado em diversas funções como transporte de pequenas cargas, voos panorâmicos e propaganda, treinamento de pilotos de dirigíveis, monitoramentos, inspeção de linhas de transmissão de energia elétrica, controle de fronteiras, busca e salvamento. Pode também ser equipado com equipamentos com câmeras de vídeo, radares e holofotes.
A Airship também trabalha no desenvolvimento do ADB-3-30, um dirigível cargueiro com capacidade para carga até 30 toneladas, parte de um projeto da empresa para trazer contêineres vindos principalmente da Amazônia para as regiões Sul e Sudeste, em vez de utilizar estradas.
O Brasil é o 5º país do mundo a desenvolver uma tecnologia (dirigíveis tripulados) que será a do futuro. Ressaltou ainda, que em aproximadamente 1 ano a fábrica da Airship estará homologada e se tudo correr bem o Brasil estará apresentando um dirigível de carga para o mundo.
“Nós vamos construir plataforma de carga aérea nesse país que não tem infraestrutura rodoviária, pouca infraestrutura aérea e menor ferroviária. O dirigível é uma solução”, enfatizou Caleffi.
Países como o Canadá, ou ainda um estado como o do Alasca, são potenciais clientes para o dirigível brasileiro, além deles, o Exército, a empresa de correios ou a Eletronorte, além de empresas privadas já teriam demonstrado interesse na aquisição.
Irani Bertolini, presidente do Grupo Bertolini, recordou que são 24 anos de muito trabalho, dedicação e persistência. “Estamos fabricando com mão de obra brasileira e muitos fornecedores brasileiros. O importante é construir um produto brasileiro, estamos no Brasil e apesar da enorme burocracia, precisamos acreditar neste país”, desabafou Bertolini.
A Airship do Brasil ainda não decidiu onde será instalada a fábrica da companhia que deve empregar cerca de 500 pessoas. “Nós ainda não decidimos onde será a fábrica. São Carlos ficará com os projetos e protótipos, mas a fábrica ainda é uma decisão dos empresários” comentou o presidente Paulo Caleffi. Uma segunda unidade de dirigível deverá estar pronta em 12 meses.
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