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Especial 30 anos Alegria de Minha Terra na Rádio Viva: "Os causos do programa"

A série de reportagens do Portal Leouve é uma homenagem ao programa e a Paulinho das Quebradas

Especial 30 anos Alegria de Minha Terra na Rádio Viva: "Os causos do programa"

O Portal Leouve dá sequência, nesta segunda-feira (19), a série de reportagens especiais em celebração aos 30 anos do programa “Alegria de Minha Terra na Rádio Viva“. A atração musical e informativa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 13h às 16h, na emissora do Grupo RSCOM, com a voz de Paulinho das Quebradas.

A série de reportagens é uma das formas de homenagear o apresentador, uma das pessoas fundamentais na formação do que hoje é a Rádio Viva. Ainda assim, a partir de janeiro de 2023, a pedido do próprio Paulinho, a atração será das 13h às 14h. Ordem acatada pela direção como agradecimento a sua contribuição ao Grupo RSCOM.

Nas duas primeiras reportagens você pode conferir como foi a criação do programa, em 1962, na Rádio Miriam, de Farroupilha e também a história de Paulo Anselmo Felicetti, o Paulinho das Quebradas. Hoje é dia de conhecer um, entre tantos, “causos” que o programa contou ao longo deste anos. As reportagens são produzidas pelos jornalistas Cristiano Lemos e Marcos Cardoso.

OS CAUSOS DO ALEGRIA

O “Alegria de Minha Terra” se destaca, principalmente, pelo regate da música sertaneja raiz, e pela interação do ouvinte e do apresentador. Ainda mais quando, às 15h, entra no ar um programete que dá voz àqueles que fazem das estradas do Brasil a sua trajetória: o “Vida de Caminhoneiro”, atualmente chamado de “Histórias que a Estrada Conta”.

Paulinho das Quebradas, que por anos esteve na boleia de um caminhão ao lado de seu irmão, contou sobre como surgiu a ideia esse espaço dentro da programação.

Eu sei dos perrengues que o caminhoneiro passa. Hoje tem veículos que quase andam sozinhos, mas nem sempre foi assim. Eu sugeri aqui para a direção quer fosse feito um programa direcionado para o caminhoneiro, e que a gente colocasse ele no ar, e isso marcou muito“, disse o radialista.

E claro que entre os centenas, senão milhares, de caminhoneiros entrevistados, há histórias emocionantes, de superação, de amor e carinho pelas estradas. Mas também um pouco de tristeza. A balança pesa para todos os lados.

“GELADEIRA DEITADA”

Entre as inúmeras histórias, Paulinho relembrou uma que foi ao ar há cerca de cinco anos. Na ocasião, o comunicador atendeu a um caminhoneiro que se deslocava do Norte do Brasil para a cidade de Caxias do Sul-RS. O entrevistado, segundo Paulinho, ficou relutante em dizer o que carregava. Após a insistência do apresentador, enfim veio a resposta.

Ele contou que trabalhava com uma geladeira deitada, que são as carretas frigoríficas. Pedi o que ele carregava e ele não quis contar, dizia que estava a dias fora de casa e estava voltando. Pedi de novo e a resposta dele foi ‘eu carrego tragédias humanas’. Aí perguntei, o que vem a ser tragédias humanas? E ele respondeu que, mesmo não gostando de contar porque o patrão não gosta muito, ele começa o trabalho dele em São Luiz, no Maranhão, e passa nos necrotérios dessas cidades recolhendo cadáveres“, contou Paulinho.

O caminheiro contou que a viagem dura cerca de 30 dias. No dia da ligação, ele carregava 93 corpos que seriam entregues na Universidade de Caxias do Sul (UCS) para uso nos laboratórios de medicina da instituição. A história chamou tanto a atenção do apresentador que ele pediu para a produção salvar a entrevista. Em algumas outras oportunidades ele voltou a colocá-la no ar.

Ao longos deste 30 anos, o “Alegria de Minha Terra” embala as tardes da Rádio Viva com um formato que pouco se alterou, e com uma das mais longas estadias de um apresentador a frente do microfone. História que já está marcada nos registros do rádio gaúcho e brasileiro.

Mas o que pensa a voz do “Alegria…” sobre o programa? O que ele representa em sua vida? E, qual será o futuro do “Alegria de Minha Terra” sob a visão de Paulinho das Quebradas? Este será o tema da última reportagem especial da série.

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