Caxias do Sul será o centro de expressão da arte urbana do Brasil, de 16 a 20 de setembro, exatamente durante os festejos da Semana Farroupilha, quando reunirá 70 artistas do Graffiti (incluindo dois internacionais), 15 djs do Hip-Hop e profissionais da dança para participar da primeira edição do Festival Revolução – CTGK Fest, na Escola Estadual de Ensino Médio Santa Catarina, em Caxias do Sul.
A expectativa dos organizadores do festival é promover, durante os quatro dias de intensa tradição gaúcha, uma revolução artística e cultural na escola, com apresentações de música, dança e esporte.
“A expectativa do evento já está superando as nossas expectativas, pois nós achamos que iria ser um encontro, com bastante artistas, mas a gente viu que a parada começou a tomar uma proporção que nem nós esperávamos. Tem vários artistas que querem vir de outras cidades, outros estados, mesmo sem estar convidado, só para prestigiar o evento. Acho que vai ser bem bacana, a diretora, os professores também estão convidando os pais para virem prestigiar o evento. Como tem 1.100, a expectativa ficou maior do que imaginávamos, acho que vai ser um movimento muito legal. Fico muito feliz, pois realmente é um presente para a comunidade, para as famílias, para os alunos, e como tem o muro externo, é um presente para a cidade. É a primeira vez que Caxias do Sul recebe um evento desse porte, então estamos muito felizes”, relata Fábio Flop, um dos grafiteiros do evento.
A origem e o objetivo do festival
A Escola Santa Catarina é o berço do movimento Graffiti na Serra Gaúcha. A expressão urbana chegou na transição para a década de 2000, e passados 22 anos, um grupo de artistas regional resolveu unir forças para formar mais um CTG, neste caso, um verdadeiro Centro de Tradição do Grafiteiro – o CTGK, onde a letra K, representa a sigla do klan, um grupo que prestigia a cultura gaúcha e visa mostrar ao Brasil e ao mundo, um pouco mais da nossa cultura tradicional em paralelo a cultura de rua, promovendo desta forma um inédito intercâmbio cultural entre os artistas.
“Escolhemos a Escola Santa Catarina pois a mesma é um dos berços do graffiti na Serra Gaúcha. Há 22 anos atrás, quando eu estudei aqui no Santa, foi aonde eu comecei a fazer graffiti, na época com o grupo dos Smurfs. A ideia de retornar à escola e fazer esse grande evento é como se fosse uma gratificação pelo que uma escola é, uma escola pública que na época não tinha um respaldo sobre o que era o graffiti na cidade. E optar por servir esse caminho foi tipo um desafio. E hoje, saber que eu posso retornar para onde eu saí, e trazer esse presente, é como se fosse uma gratificação mesmo, pela história que o graffiti tem aqui na cidade e nesse lugar, principalmente“, completa Fábio.
O festival vai proporcionar que o Graffiti seja apresentado para os alunos da escola e ao público em geral, com utilização de diversas técnicas e os processos de trabalho adotados pelos 20 artistas convidados, com vasta experiência nesta arte, de Caxias do Sul e de outros estados, além do coletivo do CTGK que contempla 30 artistas locais e da região serrana, somados a mais 20 artistas caxienses. A partir do conhecimento de cada um, o grupo irá pintar uma área de 1.808m², proporcionando a revitalização do ginásio e pátio externo da escola, bem como os muros principais da fachada e extensão externa (Av. Rossetti e Mattheo Gianella, no Bairro Santa Catarina) e orientar os alunos na execução de um mural durante o evento.
O Festival Revolução – CTGK Fest visa a valorização do Graffiti como arte, atuando de forma social em relação aos artistas envolvidos e as empresas parceiras; proporcionará uma troca de conhecimentos para os alunos da escola, enfatizando a qualidade artística e o seu importante papel no contexto urbano, ; e mais do que isso, será a possibilidade dessa expressão artística tornar-se uma escolha profissional.
Para o artista Fábio Panone Lopes, um dos organizadores do Festival Revolução – CTGK Fest, ex-aluno da escola, integrante do coletivo do CTGK e um dos primeiros grafiteiros da Serra Gaúcha a conquistar reconhecimento no Brasil e no exterior, “o Graffiti como estudo teórico e prático da arte dentro das escolas, é uma oportunidade que nós do coletivo, não possuímos na nossa juventude e que hoje é muito aclamado por muitas escolas e alunos”, afirma. Foi na Escola Santa Catarina que o artista iniciou no mundo da arte urbana e conseguiu se projetar profissionalmente através dessa expressão artística. “Assim como eu muitos outros dos 1.100 alunos que frequentam a escola atualmente podem ter esse mesmo futuro”, vislumbra Panone.
Confira a programação completa:
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