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Entre pedidos de justiça e respostas, familiares e amigos de jovem morto pela Guarda Municipal realizam protesto em Caxias do Sul

Um ano e quatro meses após a morte de Matheus da Silva dos Santos, familiares e amigos realizaram um novo protesto na tarde deste sábado (1º). O jovem, de 21 anos, foi morto pela Guarda Municipal (GM) de Caxias do Sul durante uma perseguição de trânsito no dia 6 de junho de 2021. A manifestação ocorreu na frente da sede da GM, e entre cartazes e falas, o pedido de “justiça” e “respostas”.

No momento, a família aguarda um laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) de Porto Alegre. De acordo com a irmã do jovem, Milena Brito, “a gente só quer que a justiça seja feita, só isso. A gente quer que a morte do meu irmão não não seja somente mais uma”. Durante o ato, diversos cartazes chamavam atenção para os mistérios da investigação, que ainda não foi concluída. Além disso, questionavam os motivos da família não receber informações sobre o caso.

A situação da família segue delicada desde a morte de Matheus. “A minha mãe, para ter uma noção, toma mais de 21 remédios por dia”. Terezinha Marilete da Silva não esteve presente na manifestação. Gustavo Henrique, de nove anos e irmão mais novo, também tem tido problemas para enfrentar a perda.

“Meu ‘irmãozinho’ chora na escola. Quase toda semana vem bilhete que ele está chorando por saudade do ‘mano’. Não é fácil, porque além da dor de tudo, a gente tem que tirar dinheiro de onde não tem para bancar os medicamentos, porque medicamento controlado não é barato”, comentou Milena. Ainda assim, a família conta com quatro advogados, dois criminalistas e outros dois da área civil.

Durante a manifestação, a rua Vinte de Setembro, entre a Garibaldi e Visconde de Pelotas, teve o fluxo de veículos afetado. Apenas uma das pistas estava livre para a circulação.

Justiça para acalmar

Milena Brito ainda falou sobre a busca diária da família por justiça. “A gente está buscando a justiça para tentar acalmar o nosso coração. Saber que a gente fez tudo que estava ao nosso alcance para conseguir a justiça por ele. Porque, não somente o meu irmão que foi morto naquele dia, a nossa família também”. Os amigos, com cartazes e camisetas com foto do jovem, também marcaram presença na cobrança por respostas.

Duas reconstituições do caso já foram feitas, a última na noite de 12 de abril. Na ocasião, cerca de 30 pessoas se posicionaram na Rua Moreira César, esquina com a Rua José de Carli, local onde a perseguição teria iniciado.


Fotos: Marcos Cardoso/Grupo RSCOM

Marcos Cardoso

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