Em nova reunião, Simecs propõe 3,35% de reajuste para os metalúrgicos de Caxias

A negociação do dissídio dos metalúrgicos de Caxias do Sul e região segue sem uma perspectiva de acordo. Na tarde desta terça-feira, dia 11, o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico propôs que o reajuste seja de 3,34%, o que corresponde à reposição da inflação para o período. Enquanto isso, o Sindicato dos Metalúrgicos pede uma reposição salarial na ordem de 8%.

O presidente do Simecs, Reomar Slaviero, voltou a classificar a proposta do sindicato dos trabalhadores como surreal. Para ele, a diminuição de aproximadamente 20 mil postos de trabalho nos últimos anos só não é maior em função do esforço das empresas. “Se olharmos a queda de faturamento em relação à perda de postos de trabalho, ele não representa a realidade. As demissões seriam muito maiores. Há o esforço das empresas em manter os trabalhadores acreditando em uma retomada. Eu acredito que o trabalhador está entendendo isso. Primeiro vamos preservar o emprego e depois vamos acreditar que a economia vai melhorar”, defende Reomar.

O Sindicato dos Metalúrgicos, por outro lado, argumenta que, embora a inflação oficial (INPC) para a data-base da categoria tenha ficado em 3,35 %, a realidade aponta para um aumento maior nos custos do trabalhador. “A inflação real, aquela que a gente vê no supermercado, sabemos que é bem maior”, afirmou o presidente em exercício do Sindicato, Claudecir Monsani.

Para Monsani, o reajuste de 8% ajudaria na recuperação da economia caxiense como um todo. “O reajuste é justo. É necessário recuperar a renda das famílias, o que faz bem a economia de Caxias”, defendeu o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos.

O Sindicato dos Metalúrgicos vai levar a proposta do sindicato patronal para assembleia e as entidades voltarão a discutir o percentual do reajuste na próxima segunda-feira, dia 17.