Foto: Wellington Frizon / Grupo RSCOM
Na tarde desta quinta-feira (9), o pré-candidato a presidência da República, Ciro Gomes (PDT), esteve em Caxias do Sul. O político cedeu entrevista à imprensa por volta das 13h30min, na 25ª RT – Casa do Gaúcho, localizado na Rua Teixeira de Freitas, no bairro Sagrada Família. No local, apoiadores, vereadores, prefeitos e demais políticos filiados ao PDT se reuniram no salão para acompanhar a passagem de Ciro.
Em entrevista coletiva, o pedetista foi questionado se, num possível cenário de 2º turno das eleições, ele prefere enfrentar o pré-candidato do PT, ex-presidente Lula, ou o atual gestor Executivo, Jair Bolsonaro (PL). “Seria melhor para o Brasil e para o 2º turno contra o Lula, pois teríamos pacificado a democracia brasileira, não teríamos mais esse juízo odiento que o bolsonarismo e o lulismo radicais se oponhem um ao outro nessa discussão estéreo odienta, onde famílias brigam, desfazem laços de amizade se insultando na internet. Ficaria resolvido isto” disse Ciro.
Gomes também destacou que, enfrentando Lula, ao invés de Bolsonaro, as eleições garantiriam um cenário pacífico no âmbito do confronto político, além de enfrentar um candidato que, de certa forma, teve seu histórico importante na política brasileira.
“Nós estaríamos em paz para garantir a democracia estabelecendo a profunda diferença entre um presidente que teve um momento importante para o Brasil. Eu estava lá, ajudei, e que infelizmente, eu vi de perto que se corrompeu e que não compreende mais os desafios do mundo moderno e nem do desafio do mundo brasileiro neste momento e que está produzindo, talvez até por despreparo mesmo porque parou no tempo e espaço. O maior estelionato eleitoral da história do Brasil ao deixar que a população imagine que é só trocar Bolsonaro e colocar o Lula de volta e voltaremos aos tempos generosos de picanha e cerveja. Primeiro que nunca foi verdade, segundo o mundo é o outro. A gente percebe que se o povo votar nessa simplificação grosseira, o que acontecerá no dia seguinte será um ambiente de absoluta inconfiabilidade no sistema político, ou não foi assim que se desmoralizou a Dilma? A Dilma foi eleita e reeleita e produziu esta crise que está aí e se desconstitui de uma forma tal que não conseguiu juntar um terço dos deputados no primeiro ano do mandato e foi para o impeachment. O Brasil não aguenta mais isso” enfatizou Ciro Gomes.
O pré-candidato também relatou os problemas que o Brasil enfrenta hoje, mencionando também o trabalho ruim da imprensa de São Paulo em propagar um cenário de eleição já ganha por Bolsonaro ou Lula.”Parece que há 1 ano a política brasileira já está resolvida e de forma despolitizada na demarcação de uma discussão que eu já vi acontecer de forma muita grave nas antecedências da 2ª Guerra Mundial, que era a luta do fascismo contra o comunismo. Isso passa muito longe da agenda do povo brasileiro. 70% do povo hoje estão desempregados, ou no desalento, ou na inconformabilidade mais selvagem. A renda brasileira é a pior da história. O sintoma mais cruel é o salário mínimo que tem o pior poder de compra dos últimos 20 anos e só é melhor que o salário da Venezuela e a inadimplência. 77% das famílias brasileiras estão em um recorde de endividamento, 65% dos brasileiros estão inadimplentes, 6 milhões de empresas estão na CPC e temos que discutir essas coisas, pois a política não é para os políticos, a política é um momento onde a democracia estabelece uma grande discussão na frente do povo sobre as causas estruturais do problema e sobre as soluções que se propõe, e é assim que eu pretendo superar meus adversários” finalizou Ciro.
Após a coletiva de imprensa, Ciro foi até o salão onde seus apoiadores estavam lhe aguardando. O pré-candidato ao Governo do Estado do RS pelo PDT, Vieira da Cunha, iniciou o discurso. Depois foi a vez de Ciro Gomes palestrar aos afiliados do partido, onde o foco de sua fala foi projetar o retorno do PTD ao seu merecido lugar e, para isto, conta com seus apoiadores e com o povo brasileiro.
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