Terminou na segunda-feira o prazo de inscrições para a eleição do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bento Gonçalves. A eleição, que estava marcada para o dia 1º de maio, acabou cancelada por intervenção do Ministério Público do Trabalho através de um Termo de Ajustamento de Conduta.
A data para a nova eleição é o dia 9 de junho, e novamente duas chapas, com os mesmos candidatos da primeira eleição, estão inscritas. Numa delas, concorre à reeleição a atual presidente, Ines Fagherrazzi Bianchetti, enquanto a outra é encabeçada por Onécimo Pauletti. O prazo de impugnações de candidaturas vai até a próxima segunda-feira, dia 29.
“Até o momento nos ativemos em analisar se as chapas estavam completas, de acordo com as regras da eleição. Só em caso de haver pedidos de impugnação vamos analisá-los de acordo com o que prevê o estatuto da entidade”, informa Elisete Kronbauer Hintz, que é membro da comissão eleitoral.
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Ainda na próxima segunda-feira, uma outra questão deve ser definida: a participação ou não dos eleitores associados ao sindicato que residem em Pinto Bandeira. Elisete Hintz informa que uma reunião no Ministério Público do Trabalho vai definir que decisão tomar. Ocorre que o Sindicato de Bento Gonçalves tem extensão de base em Santa Tereza e Monte Belo do Sul. Desde o momento em que Pinto Bandeira se emancipou os associados do município não constariam, mas é possível que pelo histórico do Sindicato acabe sendo aceita a sua participação.
Elizete Hintz é tesoureira da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag) forma, juntamente com os presidentes dos sindicatos de trabalhadores rurais de Farroupilha, Márcio Ferrari e de Veranópolis, Eugênio Zanetti, a comissão eleitoral criada a partir de exigência do TAC firmada pelo Sindicato com o Ministério Público do Trabalho. Entre as atribuições de Elizete junto à Fetag está a organização sindical. Ela concorda que o caso desta eleição no Sindicato em Bento Gonçalves é uma excepcionalidade. “Nós acompanhamos os processos eleitorais e raramente eles vão parar na Justiça. Trabalhamos para que o associado seja priorizado e normalmente estas questões são resolvidas na base”.
Sobre a possibilidade do candidato Pauletti vir a ser impugnado por não ter comparecido a assembleias do Sindicato nos últimos dois anos, Hintz preferiu não emitir opinião prévia. Quanto ao fato da atual presidente Inês se candidatar pela quinta vez consecutiva, ela disse que o estatuto permite.
